Era um protetor das malediscências daqueles que não entendiam meu cotidiano de poesia ingênua, preso eu que estava a uma vida inexistente fora dos muros impostos por uma não aceitação ou libertação. Sabia quem eu era muito mais que minha própria identidade pessoal poderia revelar. Nunca disse, ou colocou em xeque, minha personalidade que, àquela época, começa a se soltar e encontrar seu verdadeiro caminho.
Era a luz negra, presente e invisível, de um caminho que eu deveria percorrer - e sabia que eu precisava urgentemente fazê-lo como se estivesse sozinho - para conquistar, com erros e acertos, aventuras e devaneios, a vida por inteiro, como um rio que busca o mar de descobertas infinitas no desaguar de suas esperanças. O rio de solidão com afluentes crises de tristeza encontrava-se, enfim, com a vida ocêanica de possibilidades.
Por um tempo teu, neste domingo, como há muitos anos, no aconchego maternal, esperava-o para o almoço. Ele não veio. Não ouvi sua voz. Não senti seu calor. Sua presença física ficou pelo tempo de memórias. Virá apenas pelos pensamentos meus, deitados em letras, palavras e sentimentos, neste canto que encontro para manifestar sua presença que ainda me protege, mesmo de longe noo distante eterno espaço de estrelas onde figura soberano aos meus olhos com seu eterno brilho de ébano.
Do passado não traduzido em verbos conjugados, expelidos de minha boca, presos que ficaram ao coração, em timidez estúpida e medo, e pelo presente de ser quem sou, derramo-me hoje, e para sempre, sentimentos em verdades a quem valha-me por essência. É necessário saber amar para se sentir amado e nunca deixar para a úlitma hora dizer o que se sente correndo o risco de chegar atrasado ao encontro da vida. Eu sinto, eu digo e enfrentarei desafios tão grandes como a verdade de ser "eu" mesmo.
Que seja pelo tempo e não por um tempo apenas...
Marcelo [Ciello] Poloni
* em mémoria de L.A.P.P, um amigo que ocupa pelo eterno e infinito espaço entre o coração e minha alma.
** ** Reflections of a Skyline: Curta filmado sobre um telhado em Londres durante um único dia. Parte do filme "Crave" de Sarah Kane Uma escritora muito talentosa, mas que não conseguiu que o seu trabalho fosse apreciado por muitos até que fosse tarde demais. Ela cometeu suicídio aos 28 anos enforcando-se em um banheiro no London's King's College Hospital. Direcão : Michael Tamman & Richard Jakes com Christopher Dunlop and Fiona Pearce.
Desses Amores surdos e mudos que a gente não sabe se falhou para com Ele, ou se era necessário deixar passar, e talvez falhar, para sentir o que sentimos hoje.
ResponderExcluirmais um lindo texto querido
ResponderExcluirparabéns
beijos e bom começo de semana
Caralho! lindo este curta, me identifiquei com o texto da Sarah Kane achei meio Virginia Woolf..e claro com este sotaque inglês eu não resisto. Aliás não só o dela, o seu texto também está ótimo.
ResponderExcluirlindo tudo...você...texto....curta...o amor...tudo... bjs
ResponderExcluirE depois quer refugar a profundidade????? Hein?????? Hahahaha!!!! Pode deixar que ela será considerada na construção de sua casa... hehehe!
ResponderExcluirO selinho ficou mara! E o novo template daqui tb! Hugz!
belo texto, gostei do novo layout
ResponderExcluirCiello adorei seu texto. Lindo o último parágrafo. Você sempre foi tão fechado, parece que agora resolveu escancarar o armário para todo mundo. rsrsrs..publicar no jornal mesmo...queria copiar seu último parágrafo mas preciso me habituar a essas modernidades...vou voltar mais vezes para reler. Simples né? bjo
ResponderExcluirantes de mais nada... lindo texto.
ResponderExcluire tem tempo que eu não venho aqui, eu sei.
gostei do novo layout.
Dos amores que perdi, do muito que ensinei....rsrs
ResponderExcluirDos maiores desafios que o Ser Humano pode enfrentar este tavez seja o maior mesmo, "SER EU".
Eu sempre comento com meus amigos, o que voce ganhou ou perdeu, soh voce pode saber....
Lindo Texto, e eu conheco um pouco mais da sua essencia.
se cuida ai
Lindo o template do blog, adorei. Texto interessante tb... Bjs qrdo
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