segunda-feira, janeiro 10, 2011

Amelie Again

Cada vez mais as "alegrias" e "desencontros" do dia-a-dia me trazem a personagem do filme como um estigma na pele da minha personalidade. Já havia comentado em outras crônicas que o filme "sou eu" em doses altas de similaridade cotidiana mas sem um final escrito e previsto, parando sempre naquele momento da dúvida.

O filme tem cor, é vibrante, de uma fotografia cativante. Personagens exóticos, excêntricos e um enredo que se desenvolve em Paris - meu sonho de consumo para ir com "alguém especial" andar de bicicleta e sentir a felicidade num dia de sol, numa manhã de primavera.

As sombras do meu passado geralmente tem tonalidades de diferentes intensidades, tal qual a célebre frase, cujo autor desconheço, ouvida no filme Copacabana: "A saudade é a sombra negra de um passado cor-de-rosa". Não me alimento mais das sombras pois sei que ficaram para trás e que, invariavelmente, vão me seguir pois são história. O sol está a frente na história e na minha trajetória e é para lá que, numa manhã de primavera, devo caminhar.

- A Rosa Meditativa 1958 - Fundação Gala - Salvador Dalí, Figueras -

Só fui embora.
E no fim daquela noite, decidi pegar o caminho mais longo para cruzar uma "rua"....
... Não é tão difícil cruzar a "rua" no final. Só depende de quem o está esperando no outro lado.

...E continuam sendo minhas noites de mirtilo.

Marcelo Poloni



Um comentário:

  1. Ainda estou me devendo assistir este filme! está na lista de resoluções para 2011.

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Criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade. Entender é uma criação, meu único modo. Clarice Lispector.

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