A noite já estava plena naquela sexta-feira como outra qualquer. Conversa jogada fora em papo de botequim com o amigo. Não poderia ir além na madrugada pois já era hora de ir embora pela avenida de muitas ilusões, iluminada pelas luzes cintilantes de carros, letreiros e olhares, que o conduziriam ao metrô.
Já na plataforma foi surpreendido por alguém vestido com uma calça branca, tão alva quanto o sorriso que se antecipava em seu rosto. Olhares, a uma certa distância, se encontraram em portas paralelas. Eram sorrisos discretos e um clima de atrevimento no ar. Adiantou-se até a outra porta antes do desembarque naquela estação. Paraíso em sensações de troca e de vontade. Desejos.
Da plataforma seguiram juntos na escada, um atrás do outro, rentes, sentindo o perfume de tentação. Um livro na mão era a chave para o impulso de colocar-lhe a mão no ombro e, com certa rapidez, perguntar de relance: " - Gosta muito de ler?". Um singelo "sim" e um sorriso cativante de conquista para desacelerar o passo de ambos e, ali mesmo naquela estação, em meio a tantos outros que passavam, iniciaram uma conversa sobre ousadias.
Intensamente suas bocas procuraram um canto remoto e de pouco movimento para que se encontrassem em beijos quentes em meio a mãos atrevidas que passavam por dentre suas coxas. Tensão. Um momento para esquecer do mundo. Pronto, estava satisfeito pela conquista, poderia voltar para casa não sem antes obter o número daquele telefone para uma Próxima Estação.
Marcelo Poloni
Encontros | O projeto Encontros funciona desde 2010 nas estações Paraíso, Corinthians-Itaquera e Artur Alvim. O objetivo é transformar as estações do metrô em espaços culturais, com atrações gratuitas para a população. Na estação Paraíso o projeto mantém 600m² com palco, tela de cinema, exposições, totens, TVs, espaço infantil e aplicação interativa.
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Em cada estação únicas pessoas, únicos sentimentos e únicos momentos, como é a mente humana.
ResponderExcluirBoa sorte na próxima estação onde bate o coração.
Carla
Hot hot hot!
ResponderExcluirbjão
Estes momentos são fantásticos ... sedução pura ... q ele possa ser um início de algo mais ...
ResponderExcluirbjux
http://www.youtube.com/watch?v=9q-4ghSFDzI
ResponderExcluirAdorei Dino!!! muito!!! bjaum... e agradeço a todos que por aqui passam... bjo
ResponderExcluirGostei mais do tom "romantico" que pairou no ar. Diferente do que costumo encontrar no metrô aqui do Rio. A pessoa já chega sem apresentações colocando a mão nas suas partes enquanto você tenta se equilibrar na falta de espaço do vagão. Nem um oi é trocado. Só "pegação!" mesmo. =/
ResponderExcluirBjs
Achei válido... hehehe!
ResponderExcluirE mon ami... sobre tua perguntinha... se minha irmã não gerencia o próprio casamento, eu é que não vou me meter. Quer dizer, até meto, mas não nesses aspectos... hehehe! Hugzão!
Uau.. adoro estas surpresas furtivas e ousadas...
ResponderExcluirBj
NOSSA QUENTE EM ADOREI O ROMANCE HEHHE
ResponderExcluirACHEI BEM LINDO QUERIDO AMEI SEU BLOG SUA CARA
MESMO E O BLOG E LINDO COMO O DONO NE
HEHHE BJS
JORGE WOLFF OU (URSO SAMURAI)
Ciello, a vida é a arte dos encontros!
ResponderExcluir:)
Carla
A estação Paraíso sempre foi minha favorita...não só pelo nome, mas pelo Centro Cultural São Paulo...depois apareceu a Sumaré e ela ficou meio ofuscada. Mas nunca esquecida. Tenho saudades de São Paulo.
ResponderExcluirteve gente se dando bem no metrô...
ResponderExcluirPois isso me faz lembrar de uma música de Adriana Calcanhoto: "e o meu coração, embora finja fazer mil viagens, fica batendo, parado naquela estação".
ResponderExcluirE esses encontros, às vezes fugazes, porém igualmente intensos, fazem da estação um local onde o coração não bate, capota!
E aí, o que segura, é o proibido abraço que atrai ainda mais.