Samsara e o Déjà-vu

Dia 20 de maio deu início, segundo a astrologia, ao meu inferno astral. Será que eu aguento? É o final de um ciclo onde tudo realmente foi e vai, aos poucos, mudando. As emoções e a vontade de querer ser um pouco mais, e melhor, seguem apressadas pelo tempo que, sendo eterno, pode ainda ser cíclico: Ourobos, símbolo alquímico da eternidade, representando o fim e o princípio a encontra-se no mesmo ponto, é a continuidade da vida, em ciclo infinito. O tempo em que vivemos pode ser assim, eterno e circular. 

"Samsara", um ciclo de vidas, é, como dizem os Hindus, "Um colar de pérolas de reencarnações". O Déjà-vu enquanto sensação da repetição de um acontecimento pode representar um lapso no tempo continuo da alma, buscando a lembrança de outra vida, corpo e pensamento passados. A repetição chega para indicar o momento de alguma mudança, correção ou reflexão de caminhos e ações a serem tomados. 

O corpo padecerá nos anos de existência, pelo tempo que lhe é permitido, mas a alma, que o anima, não, e, sendo assim, acreditar, confiar e ter fé em si é o principio da expansão da potencialidades que vem do passado, manifestadas em ações no presente, refletindo-se reações de um futuro, ainda sem previsão. O dom, que alguns manifestam intensamente, seria a expansão máxima da alma em um tempo passado, já vivido?

Cosmic systems intertwine

Astral bodies drip like wine

All of nature ebbs and flows

Comets shoot across the sky

Can`t explain the reasons why

I`m in a trance

I let the music take me

Take me where my heart wants to go

Marcelo [Ciello] Poloni