sexta-feira, novembro 05, 2010

Fetiche, você tem um?

Sim, Eu tenho! Vários!
Cada um com algum diferencial para marcar cada momento.
Afinal nem tudo podemos ter, mas podemos fazer de tudo com respeito.
Basta encontrar quem encare essa jornada até onde o tempo levar.


Confesse, você tem ao menos um!
Pense bem e verifique aquilo que te deixa ouriçado, assanhado, com olhos vibrantes, brilhantes, com vontade.


É mais comum do que pensamos. Está muitas vezes retraído e escondido em nossa mente mas manifesta-se de diversas formas, quando menos se espera pois nem sempre está associado com um objeto: pode ser uma situação, um conjunto de fatores e uma presença forte de desejo.


Um Feitiço!
Como explica nossa fonte virtual de conhecimento(*) compartilhado, a Wikipedia: "Um fetiche (do francês fétiche, que por sua vez é um empréstimo do português feitiço cuja origem é vem do latim "facticius" - artificial, fictício) é um objeto material ao qual se atribuem poderes mágicos ou sobrenaturais, positivos ou negativos."  


Inicialmente este conceito foi usado pelos portugueses para referir-se aos objetos empregados nos cultos religiosos dos negros da África ocidental. Para a sociologia "o fetiche relaciona-se à fantasia (simbolismo) que paira sobre o objeto, projetando nele uma relação social definida, estabelecida entre os homens." 


Limites? 
Já debati com amigos sobre os limites do fetichismo e não há uma conclusão definitiva. Existem limitações e estão presentes na liberdade que lhe é dada e que deve ser respeitada. Podemos tudo desde que não avance para além da negativa do outro. 


Demência?
Exercer seus desejos é libertar-se da loucura cotidiana que impõe a sociedade em suas amarras rotineiras de trabalho. Demente seria afogar-se na opressão de ser sempre uma ovelha que segue com o rebanho sem questionar sua vontade própria.


Cotidiano.
Se o fetiche pode ser entendido como fascínio, desejo e tentação, podemos ampliar a idéia e tirar o apelo sexual do contexto para descobrir que está presente no dia-a-dia.


Desejo
O ser humano típico transfere muito de sua energia e, as vezes "carências", para um ou mais objetos: um carro, uma mote, um relógio, uma bolsa, um sapato. Nos vestimos de "comuns" com a aquisição material, seja por necessidade, seja por status ou por desejo. Fetiche aceitável aos olhos da sociedade? Não te fascina ter e mostrar que tem? 


Proibido.
A grande diferença do fetiche sexual para o feitiço material do cotidiano é que o primeiro não "deve" ser compartilhado à luz de todos para não ser taxado como "pervertido". Já o segundo é proporcional a necessidade de ser aceito e compartilhado.


Prazer
Sentar à margem de nossos preconceitos e analisar os fatos provoca uma revolução silenciosa no conjunto dos prazeres cotidianos que devem ser saciados para que não nos devorem aos poucos pela intersecção com a realidade. 


e Liberdade
Um brinde a fantasia, ao fetiche, ao prazer, ao desejo. Para além da escuridão dos preconceitos, um brinde a liberdade de sermos únicos em essência.

Quem viu Dzi Croquettes entente porque atualmente somos uma fração limitada e engessada de nossos próprios preconceitos...

Marcelo Poloni

(*) Wikipedia é uma enciclopédia colaborativa. Qualquer um pode escrever notas, textos e explicações, bem como corrigir erros encontrados. Sendo assim é necessário, tal qual em qualquer diário, semanário ou outras fontes, fazer uma análise ampla em diversas fontes para se chegar a uma conclusão definitiva, se é que existe uma!






Um comentário:

  1. hehehe, Fetiches! quem não tem..

    Adorei o novo Layout. Ótima semana pra você querido. bjs

    ResponderExcluir

Criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade. Entender é uma criação, meu único modo. Clarice Lispector.

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