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terça-feira, abril 19, 2011

"Próxima Estação: Paraíso"

A noite já estava plena naquela sexta-feira como outra qualquer. Conversa jogada fora em papo de botequim com o amigo. Não poderia ir além na madrugada pois já era hora de ir embora pela avenida de muitas ilusões, iluminada pelas luzes cintilantes de carros, letreiros e olhares, que o conduziriam ao metrô.

Já na plataforma foi surpreendido por alguém vestido com uma calça branca, tão alva quanto o sorriso que se antecipava em seu rosto. Olhares, a uma certa distância, se encontraram em portas paralelas. Eram sorrisos discretos e um clima de atrevimento no ar. Adiantou-se até a outra porta antes do desembarque naquela estação. Paraíso em sensações de troca e de vontade. Desejos.

Da plataforma seguiram juntos na escada, um atrás do outro, rentes, sentindo o perfume de tentação. Um livro na mão era a chave para o impulso de colocar-lhe a mão no ombro e, com certa rapidez, perguntar de relance: " - Gosta muito de ler?". Um singelo "sim" e um sorriso cativante de conquista para desacelerar o passo de ambos e, ali mesmo naquela estação, em meio a tantos outros que passavam, iniciaram uma conversa sobre ousadias.

Intensamente suas bocas procuraram um canto remoto e de pouco movimento para que se encontrassem em beijos quentes em meio a mãos atrevidas que passavam por dentre suas coxas. Tensão. Um momento para esquecer do mundo. Pronto, estava satisfeito pela conquista, poderia voltar para casa não sem antes obter o número daquele telefone para uma Próxima Estação.

Marcelo Poloni



Encontros | O projeto Encontros funciona desde 2010 nas estações Paraíso, Corinthians-Itaquera e Artur Alvim. O objetivo é transformar as estações do metrô em espaços culturais, com atrações gratuitas para a população. Na estação Paraíso o projeto mantém 600m² com palco, tela de cinema, exposições, totens, TVs, espaço infantil e aplicação interativa. 
+? cLiQuE -> [AQUI]

terça-feira, março 15, 2011

Trópicos Cariocas


Histórias de um tempo que já foi II

...e ele foi àquela rua considerada o "fervo" da noite colorida carioca. Na rota turística de Ipanema já havia se conectado àqueles outros doces olhos esverdeados e cabelos grisalhos, apesar de não ter chegado aos "enta". Saiu com sua cerveja em punho, um aperto de mão e uma conversa ali mesmo naquela esquina. Seus amigos estavam juntos mas se afastaram ligeiramente percebendo o calor da ocasião, foram então para aquela fila esperar para entrar naquele café dançante, galeria de tantos sons. Cabelos grisalhos, olhar profundo, com sede e sorriso maroto de quem desejava se entregar ali mesmo na rua. Ele, no clima e na vontade, pegou pelo braço carnudo e cheio de pelos, acariciou o ombro e jogou uma conversa ao pé do ouvido, colado a sua barba macia. Encontraram-se em seguida em um beijo profundo naquele lugar que deixou de ter espaço ou tempo, era eterno. Continuaram aquele jogo de sedução, de carinho e de sensações. Telefones trocados em beijos colados para a próxima noite na linha destes trópicos cariocas....

Marcelo Poloni

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