
Seguiu pelo seu tempo de reclusão. Longe estava em um planeta distante de sua órbita usual. Não esperava nada além do carinho e da lembrança daqueles que sabiam de sua condição de afastamento das rotinas de vida. Recebeu pouco de quem esperava mais. Recebeu muito de quem não esperava nada.
Ficava lá onde o calor abranda nas tardes de junho. Uma suave brisa invernal chegava de mansinho na noite que caia sobre seu leito de repouso. Buscava viver através dos olhos da tecnologia e obter o máximo de sua capacidade de fruição na observação, leitura e escrita. Relatos de outros tempos, de outras vidas. Ampliava assim seu canto de saudades. Escreveu memórias liricas contemplativas do amor alheio através de grandes aventuras por sentimentos conjugados que não eram os seus.
Encontrou palavras de afeto e alegria com outro alguém que, desconfiado, adjetivou-lhe como “provocador de galanteios de botequim”. Ledo engano deste que passou horas em conversas, brincadeiras, olhares e chamegos visuais. Combinaram entrelaçar suas rotinas no conhecer profundo de seus corações. Descobriram-se íntimos entre afinidades, diferenças, pensamentos e vontades únicas.
Não tardou para que seus olhares se aproximassem e suas bocas enfim se tocassem suavemente numa noite fria de sentimentos transpirantes. Conhecer – conversar, relacionar – sentir, buscar – encantar, querer – começar. Amar! No carrossel dos seus sonhos o amor é a força motriz que faz girar sentimentos destes eternos meninos que quererem ser um só núcleo de vida pulsante. Juntos.
Depois de tanta prosa, agora começam os “
poemas da vida”...
Marcelo Poloni
Pra você, só você!
Volta logo, na sexta, no sábado, no domingo, todo dia!