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terça-feira, agosto 09, 2011

Da Dor ao Prazer,

Uma nova fonte para beber alegria.

Meus talentos são apenas meros pretextos para disfarçar minha total falta de jeito com as pessoas. Meus talentos eram potencializados quando mal me provocavam, voluntária ou involuntariamente, em momentos de depressão e tristeza. Traduzia a angústia que me afetava em atos de libertação, ou de redenção, de todos os pecados.

Descobri por este tempo que não apenas produzo o paraíso com a dor, mas com a alegria também. Encontrei em um campo de tantas flores conexões, de tantas outras almas que vagam sem rumo, um som que me seduz como marinheiro entregue às ninfas oceânicas, sereias que provocam um borbulhar incessante de novas sensações.

Da dor ao prazer, um constante terremoto provoca a ruptura do passado e lança-me na mais incrível das aventuras. A máxima arte de meus versos, prosas, rimas, imagens e sentimentos surge agora de um olhar, de um sorriso magnético, da alegria de sentir a vida florescer em amor, carinho e cumplicidade. Talvez a saudade seja uma uma constante inicial mas será saciada e traduzida verbos conjugados entre Eu e Você, juntos: O Nós, e isto basta!

Marcelo [ciello] Poloni


Secret Garden by madonnatrax

sexta-feira, agosto 05, 2011

Na natureza do meu Eu, encontrar-te-ei!

Estava perdido. Fui ao encontro da minha essência primitiva e deixei-me levar pelo encanto da sua natureza. Ao redor de meu mundo, entre meus trópicos, caminhei por árvores de imensas copas e densas folhagens que, ao seu redor, deixavam brotar apenas pequenas e míseras flores que sequer possuíam vida própria, ficavam a merce da vontade dos ventos e do pouco que enxergavam da luz que chegava até o solo. Observei algumas belas plantas que se nutriam da árvore em seu caule grosso como parasitas que chegam despercebidos e provocam coceiras pelo corpo de um animal sem trato. Não produziam nada, não sabiam sobreviver sem se apoiar ou fazer sua história. Eram tão míseras como as que ficavam no solo rastejando por entre raízes retorcidas que sustentavam seu peso.

Fui além e fugi para outro continente de meu passado. Senti o calor escaldante de areias soltas ao vento. Formavam grandes montanhas de um nada de profundo tom alaranjado. Escondiam cidades perdidas, civilizações passadas. Todo o mistério poderia ser ali revelado mas sob um sol sem limites, minha visão perdia-se na necessidade de sobreviver. Soubera que ali um dia foi uma grande e densa floresta que subumbiu por não saber de adaptar as intempéries do tempo. Sabia que não resistiria muito se ali ficasse contemplando o "nada" como fonte de um "nada" ainda maior. Meu deserto da alma escorreu ligeiro por entre os dedos levando-me para outro canto de uma vida que só eu entenderia.


Segui ao redor de minha vida terreste e encontrei um espaço mais amplo com luz radiante sobre arbustos menores. Não tinham pretensão de se tornarem gigantes, não tinham parasitas, não faziam sombra para as demais plantas ao seu redor. Formavam um conjunto composto de várias cores, diferentes tons e intensidades. Balançavam com o vento mas sabiam seu lugar. Suas flores, como reflexo da luz, eram de uma vivacidade cativante. Me senti livre para ir e vir, caminhando tranquilo por entre suas formas. Um rio de águas doces e cristalinas completava meu olhar nos reflexos de um sol maior.

Sentei e observei uma outra essência que ali se encontrava. Senti que havia vida. Senti que precisava me aproximar. Vontade recíproca, trocada, revelada em sentimentos, desejos e naturezas. Primitivas essências hoje se misturam, se entrelaçam e produzem flores de sensações verdadeiras. Perdido estava em locais inóspitos, estéreis de futuros frutos imaginados, sem sementes, sem esperança. Hoje sinto-me tranquilo e gradativamente amplio minhas raízes neste terreno de grandes emoções que faço no dia-a-dia de te querer mais, sempre melhor, sempre você, original e único, pois foi assim que me apaixonei, ao ver o doce campo das flores do teu olhar.


E assim, Na natureza do meu Eu, te encontrei.

Marcelo [Ciello] Poloni

quarta-feira, junho 08, 2011

Ele, Ela e o Outro

Ele caminhava tranquilo pelas ruas e avenidas daquela cidade de tantas histórias e acontecimentos misteriosos vindos do espaço. Ouvia canções sobre um mundo afogado onde nada realmente importava além daquele coração congelado a ser desperto por raios de luz de um céu que servia como paraíso daquele amor substituído. Ela as cantava como se cada melodia, verso ou rima, fossem feitos unicamente para Ele sonhar.

Tinha a mente liberta e que se renovava lentamente com o frescor da juventude dos seus 25 anos, carreira encaminhada, entre amores passageiros e músicas diversas. Tudo estava para mudar e Ele já tinha noção dos perigos e dificuldades promovidos pela mutação dos sentimentos. Ela sempre o ajudava através de sua arte, de sua música, de sua companhia nas ruas da cidade, como observadoras, da discreta paquera para Aquele Outro conterrâneo, que há tempos já lhe balançava o coração.

Aquele Outro já era Homem feito, já experiente, com uma vida já firmada no curso dos seus 41 anos bem vividos em obstáculos vencidos por corações partidos. Sentimentos tortos do passado ficavam como lembrança. Aquele Outro começava a reconstruír seu mundo de novas emoções.

Ele manteve os olhos bem abertos na esperança de encontrá-los em reflexo nAaqueles Outros olhos de azul cintilante em carinho e afetuosidade. Ela cantava sempre a música certa para Eles que se encantavam cada vez mais durante a paquera, nos muitos sorrisos e nas conversas despreocupadas, fortalecendo a amizade e despertando outros sentimentos profundos. Aceitação, redescoberta, desejo verdadeiro, carinho, cumplicidade, lealdade: Amor. Eram Eles! Só poderiam ser. Juntos.

A diferença de idade apenas potencialiou ambas as vontades de ficarem mais próximos, ligados, presentes pelo tempo que escorria entre os beijos libertários daquilo que consideravam ser eterno e ainda se faz como verdade presente. Construíram uma nova vida em conjunto, uma nova familia reunida de seus entes queridos. Realizaram sonhos, dos mais grandiosos aos mais banais, necessários ao relacionamento de duas vidas entrelaçadas pelas músicas que Ela continua a criar e a cantar pelo mundo.

Há 12 anos Eles sabem qual é o segredo da felicidade de se amarem mutuamente na construção um novo "amor conjunto". Ela já cantou para eles nas muitas emoções encontradas neste caminho de duas vidas unidas. Para todos nós Ela também chega aqui hoje para cantar sobre este, ainda, Segredo, para outros tantos....



You gave me back the paradise 
That I thought I lost for good 
You helped me find the reasons why 
It took me by surprise that you understood 
You knew all along 
What I never wanted to say 
Until I learned to love myself 
I was never ever lovin' anybody else 

Happiness lies in your own hand 

Homenagem aos meus amigos - R & D - que cultivaram e mantém até hoje uma grande história emoldurada pelas músicas da nossa eterna e soberana rainha do Pop, Madonna, que começa a tomar um cantinho só dela aqui nas CLi&S.

Marcelo [Ciello] Poloni

ps.: mantive um segredo, não revelei suas identidades, mas confirmo: É tudo verdade! E o próximo sonho a ser realizado... hum... Índia! (... me leva!?).

Templo de Lótus, o amor e a dedicação moldados em pedra. O Taj Mahal? Hum... fica para uma próxima saudade neste canto de tantas outras.

quinta-feira, maio 26, 2011

Carta Esculpida de Arte


Fui ao teu encontro estrela cadente do meu céu de tantas possibilidades. Busquei por teu corpo e alma em cada canto desta selva - fonte de tantas outras perdições neste tempo árido de sentimentos puros - pois sabia que abrigavas a chama de um coração verdadeiro, bruto, ilimitado e complexo.

Vi, por tuas mãos pequenas, delicadas e dilaceradas no ofício que a conduziste do amor, pelos caminhos da paixão, como presa fácil, às grades da loucura, realizações materiais que, mesmo estáticas neste tempo que passou, deram-me impressões fluídas de teus desejos. 

Li teus apelos desesperados àquele que te prometia cumplicidade duradoura, que nunca cumpriria de fato, e me comovi com cada gota desta tinta que corroeu tua alma, aprisionando teus sentidos. Senti tua presença naquele átimo de vida em forma de papel, letras e ruídos de saudade.  

Fiz deste momento de observação de tua vida em arte, um encontro sublime de fruição contemplativa. Chorei por ti. Chorei por mim. Chorei por nós. Naquela tarde de domingo éramos únicos, partes entrelaçadas de um mundo perfeito, agarrados a nossa mais pura verdade, embriagados de carinho e esperança.

Descobri, naquele dia, um sentimento único por ti em teus olhos perdidos no infinito, que não ficaram tão conhecidos, pois, injustamente, mantiveram-se à sombra de teu mestre, razão de teus sentimentos, devoção e destruição. 

Saí do teu mundo, naquele átimo de meu tempo, conhecendo a fundo a tua essência de vida e de arte, traduzida em metal, mármore, gesso e sentimentos espalhados por cartas esculpidas de paixão, em tua loucura. 

Entrei hoje pelo presente das minhas memórias à lembrar de ti e daquela primeira grande exposição de arte - da tua arte, Camille Claudel! - que definitivamente foi sensível ao início da jornada de sonhos e verdades ao coração.

Marcelo [Ciello] Poloni

* relato de um tempo menino, descobridor de artistas e sentimentos, lá em 1997  e da exposição Camille Claudel, projeto Pinacoteca no Ibirapuera.

* para saber e ver mais: [AQUI]
* ver, ouvir e sentir: [AQUI]
* Cartas de amor em arte: [AQUI]
* A artista que amou demais: [AQUI]
* Trailer oficial do filme Camille Claudel, 1989: [AQUI]
* Sessão pipoca, um encontro perfeito entre Adjani e Camille... uma cena, um fragmento e o encontro com a sensação de viver a paixão em arte:



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