terça-feira, março 15, 2011

Trópicos Cariocas


Histórias de um tempo que já foi II

...e ele foi àquela rua considerada o "fervo" da noite colorida carioca. Na rota turística de Ipanema já havia se conectado àqueles outros doces olhos esverdeados e cabelos grisalhos, apesar de não ter chegado aos "enta". Saiu com sua cerveja em punho, um aperto de mão e uma conversa ali mesmo naquela esquina. Seus amigos estavam juntos mas se afastaram ligeiramente percebendo o calor da ocasião, foram então para aquela fila esperar para entrar naquele café dançante, galeria de tantos sons. Cabelos grisalhos, olhar profundo, com sede e sorriso maroto de quem desejava se entregar ali mesmo na rua. Ele, no clima e na vontade, pegou pelo braço carnudo e cheio de pelos, acariciou o ombro e jogou uma conversa ao pé do ouvido, colado a sua barba macia. Encontraram-se em seguida em um beijo profundo naquele lugar que deixou de ter espaço ou tempo, era eterno. Continuaram aquele jogo de sedução, de carinho e de sensações. Telefones trocados em beijos colados para a próxima noite na linha destes trópicos cariocas....

Marcelo Poloni

3 comentários:

Criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade. Entender é uma criação, meu único modo. Clarice Lispector.

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