Acredito que nossa pátria tem a tendência e está no fluxo da evolução. Em alguns aspectos vai rápido e em outros caminha lentamente como se estivesse ainda presa as rendas da sinhás do período colonial. Cabeças limitadas, fechadas ao direito alheio de ser e exercer seu Eu pleno em direitos e deveres, sem medo ou preconceito. Medo de ser? De assumir? De virar a dinâmica a seu favor? Tudo torna-se mais fácil, por ser natural ao seu Eu, aceitar a vida e dentre diversas citações que poderia colocar aqui, fica sempre uma martelando: "Se esconder é uma forma de fomentar o preconceito". E é!
A nossa sociedade logo vai encarar a realidade e dar um basta no pensamento estúpido, pobre e limitado de "bolsonaros", radicais religiosos, "pit-boys" e homofóbicos de plantão que, apesar de nunca deixarem de existir, ficarão limitados a sua ignorância nativa.A pobreza de espírito coletivo de nossa sociedade, que quer(?) progredir em diversidade e maturidade, ainda é dominante e puritanista. Parte deste mal é reflexo da educação recebida, desde sempre, fraca e desmotivada, unilateral.
"A imaginação, o sentimento, o novo, o imprevisto que surge do espírito desenvolvido é proibido para eles, cabeças fechadas, cérebros obtusos, eternamente negados a luz." Camille Claudel
A tendência social será de aceitação, inclusão, mas, e o que me deixa perplexo ainda, não será pelas vias da educação, formação ou na abertura de nossa capacidade cognitiva social. Será pela submissão "colonial" e intelectual(?) do povo que vai olhar para o resto do mundo (eixo Eua-Europa) rico - de bolsas, roupas, perfumes, eletrônicos, marcas e modelos - e achar que devemos copiá-los para ser "primeiro mundo" (definição pueril ultimamente). Pelo menos essa absorção conceitual e estilo de vida é benéfica em sentido mais amplo.
Então vamos dar vazão destes "padrões evolutivos" do Império para que, na Colonia, toda a sociedade, ou a maioria dela, venha a conhecê-los e comprar seu ideal humanista. Por exemplo: na Holanda, no dia das crianças, no horário nobre da TV, pode acontecer de um filho de dois pais Gays cantar sobre seu orgulho de tê-los! Quem sabe um dia a gente chega neste nível!
Bem vindo mundo ao novo "novo-mundo"! Que desembarquem das caravalelas o conhecimento e a tolerância comprada no exterior para que possamos - todos - saber e exercer o Eu pleno de nós mesmos e não fomentar mais preconceito.
Marcelo [Ciello] Poloni
* Homenagem aos evoluídos: Luciano Guimarães, Tony Goes, Dino Costa, Douglas Gamma e Rafa Zveiter que fazem de seus blogs referências convergentes de opiniões e liberdades necessárias a evolução pelo conhecimento. Parabéns! Muito mais que recomendados, necessários!
* [AQUI] tem mais um exemplo para ser reproduzido e publicado nestas minhas saudades. Yes baby! Love! Love and Love!
* NOTA: texto editado e re-publicado de forma a uma melhor assertividade de seu conteúdo.
A liberdade é um bem maior que devemos preservar a todo custo mas devemos estar atentos aos limites que devemos ter para com nosso semelhante, afinal, somos todos seres e humanos, ainda. Minha liberdade, e inclui-se neste conceito os meus "limites", está intimamente ligada a liberdade, e limites, do meu semelhante. Pouco me importa se meu vizinho não aceita o fato de que sou homossexual. Sua liberdade está diretamente ligada no meu exercício pleno de igual liberdade, onde deve existir sociabilidade, respeito e convivência pacifica. E funciona.
Você se importa com um casal gay em beijos e amassos calorosos no metrô? Eu me importo, e em igual intensidade com um casal hetero em igual condição. Acho que existem limites de respeito, e bom senso, para nossas atitudes, o que não interfere com a liberdade de cada um. Da mesma forma que me incomodam atitudes desta natureza, repudio toda e qualquer violência que ambos os casos citados possam sofrer. Está na hora de acordarmos para uma realidade onde somos TODOS parte de uma esfera de convivência em liberdades individuais, desde que a minha liberdade não interfira na sua e vice-versa.
Posso estar totalmente equivocado ou em partes mas é um ponto de vista que está aberto a mudanças, pois idéias novas e referências de vida diversas são sempre bem vindas!