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terça-feira, agosto 16, 2011

Humanos Árvores

Limitadas essências, 
Restritas adaptações…

Gosto de olhar árvores, seus galhos, sua extensão e sua configuração no espaço vazio, no tempo que as folhas caem ou quando rodeados de verde, ou rosa, ou amarelo, ou qualquer outra cor, como nos ipês, por exemplo, que perdem sua folhagem para ganhar apenas suas flores.

Algum mistério me faz pensar na possibilidade de se expandir, de ampliar ramificações de nossa própria vida para além dos limites da gravidade ou da própria capacidade de pensar. Algo semelhante ao apenas "sentir", seja o vento, o sol ou a chuva.

Nossa vantagem é poder ir e vir e sentir diferentes condições, ambientes. A mobilidade negada às árvores limita seu espaço no mundo. A liberdade, de locomoção, condicionada ao homem pode lhe ser vantajosa, mas traz um desafio tão grande quanto uma sequóia: é preciso adpatar-se muito mais rápido ao ambiente.

Alguns humanos simplesmente estacionam no mundo como as árvores e não apenas em questões geográficas. Seus sentidos condicionam-se ao óbvio, ao limitado espaço que frequentam e não conseguem enxergar um palmo a frente de sua medíocre existência. Se ao menos pudessem embelezar o ambiente com flores, cores e odores, mas nem isso conseguem.

Daqueles que assim são por vontade própria, tenho pena. Confesso que nem todo altruísmo, que por ventura seja eu capaz de desenvolver, conseguiria me fazer acreditar em sua redenção. Que fiquem eternamente plantados no meio de um nada de sua existência.

Mas alguns assim o são involuntariamente, por razões sociais, econômicas, psicológicas ou familiares. Para estes tento ajudar e, vez por outra, consigo dentro das minhas possibilidades, ao menos o florecer de alguma novidade em seus galhos.

Aos poucos, com a beleza de uma flor, de uma estação, da novidade que cativa, conseguem tirar suas raízes do solo e alcançam novos campos, por conta própria, experimentando o erro e o acerto, ou seja, a vida, que antes lhes era negada em sua plenitude humana.

Destes tenho orgulho de sua vontade e dedicação.


Marcelo [Ciello] Poloni

quinta-feira, julho 21, 2011

Um espaço no Mundo

tumblr_lolbctVdta1qz4d4bo1_500Não sei meu espaço no mundo. Por vezes me sinto do tamanho diminuto de um estreito fio de mar comparado ao colossos continentais que posso separar. Por vezes me sinto o próprio oceano de milhares de gotas a bailar no deslocamento da rotação terrestre.  

Me descobri forte e resistente ao tempo. Não sabia que era assim até descobrir minha próprima natureza transformadora que rompe a devastação, provocada por  uma erupção vulcânica, com o suave crescimento de uma nova vegetação, úmida do orvalho matutino primaveril, em meio a novas flores, novas cores e novas sensações. 

Não sei meu espaço no mundo. Por vezes me sinto um grão de areia no deserto de tantos olhares de ocas sensações em prazeres pueris, efêmeros, cujo gosto não se prolonga por mais que um átimo de lembranças futuras por pretéritos imperfeitos, imprecisos, restos. Não voltam mais. Por vezes sinto-me a própria esfinge, soberana e altiva em sua história, a decifrar cautelosamente os mistérios de todos os que passam por seu olhar.


Me encontrei nas estrelas, nas constelações, nas nebulosas. Extrapolei meus limites e voei alto para muito além da imaginação limitada da rotina cotidiana. Dei-me o direito de sonhar, de ver além do óbvio ululante e não deixar fenecer a alegria da espontaneidade, na complexa aventura do descobrimento, mas encaro a realidade como ela é. Aceitando-a, subverto seus parametros no meu universo particular.

Ainda não sei meu espaço no mundo e talvez nunca saiba. Sei que me sinto como em uma manhã de sol, aquecendo, depois de madrugada fria, cada pedaço de minha pele com conforto de sentimentos vibrantes, com as sensações próprias de uma nova primavera. Quero ter seu sol em órbita constante nestas estações de minha alma que ocupa por indefinido, todo e qualquer espaço no mundo de pensamentos meus, teus e enfim, nossos.

Marcelo Poloni

sábado, julho 16, 2011

Entre 1 e Outro

1 Diz: "- Toda pessoa certinha demais tem um que de histeria que me irrita. Uma histeria silenciosa e perigosa.
Você não. Teus erros e teus problemas são parte de um todo que te faz muito mais próximo a mim e das minhas imperfeições, muito mais humano, muito mais sensível às coisas da vida e, sendo assim, muito mais capaz de se doar, de se entregar e libertar-se com outro alguém. Ser feliz"

Outro Diz: "- É acho que sim, mas é um defeito também ser extremamente sincero, impulsivo em opiniões."

1 Questiona: " -  Por que?

Outro responde: " - Às vezes. Porque ninguém suporta a verdade. Preferem ilusões, idealizações."

1 Completa: " -  Depende de como se anuncia a verdade. Existem jeitos e maneiras de se dizer a mesma coisa e sendo assim, jeitos e maneiras de recebê-la também. Não se anuncia a morte de um pai ou uma mãe no auto-falante de um supermercado. E se vc consegue falar a verdade sem agredir mas fazendo com que compreendam-na você provavelmente atingiu uma grau de maturidade e sabedoria que te fará um iluminado coração de sentimentos."

Marcelo [Ciello] Poloni & Carlos Eduardo Luiz


sábado, junho 18, 2011

Perfume de Jasmim

“Dependerá de nós chegarmos dificultosamente a ser o que realmente somos. Nós, como todas as pessoas, somos deuses em potencial. Não falo de deuses no sentido divino. Em primeiro lugar devemos seguir a Natureza, não esquecendo os momentos baixos, pois que a Natureza é cíclica, é ritmo, é como um coração pulsando. Existir é tão completamente fora do comum que se a consciência de existir demorasse mais de alguns segundos, nós enlouqueceríamos. A solução para esse absurdo que se chama “eu existo”, a solução é amar um outro ser que, este, nós compreendemos que exista.”(Clarice Lispector, Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres)

Como era de se esperar, fiz uma coleção de citações do livro. Não aguento ficar longe delas! Acho que é um vício que tomo consciência no amplo sentido de sua existência. São momentos pessoais de interpretação literária que pode ser diferente ou, muitas vezes, igual a de outra pessoa, mas são únicos enquanto leitura interna de minha alma. Importante é que fiquei muito satisfeito com esta imersão em um livro cujo sentido amplo da descoberta vai da angústia de não saber "ser" ao êxtase máximo de se encontrar por completo e poder assim doar-se em plena sintonia com outrém.

Partindo agora para a imensa descoberta de novos mundos e de novas experiências sem deixar de levar na bagagem um pouco daquilo que aprendemos e que, demasiadamente esquecemos, é o motivo que me faz guardar as memórias da leitura em arquivos, blogs, murais e saudades. Compartilhar é preciso, pois faz de sua existência um significado maior que a individualidade do pensamento. Aceitar novas interpretações também é expandir o universo de possibilidades e sensações, e diariamente transformando seu modo pessoal e único de entender ou compreender a vida que segue.

E eis que a pergunta mais complexa de ser respondida e que não tem, definitiva a certamente, uma resposta certa, pois depende de cada um em sua individualidade, se abre para mais uma possibilidade metafórica de interpretação, segundo Clarice Lispector:

“Quem sou eu? Perguntou-se em grande perigo. 
E o cheiro do jasmineiro respondeu: 
- Eu sou o meu perfume”.

Marcelo [Ciello] Poloni

sexta-feira, junho 17, 2011

Liberdades individuais

Todas as pessoas podem achar aquilo que quiserem umas das outras, é quase que instintivo e vem dos primórdios da humanidade. Sacanagem é utilizar-se disso para criar intrigas ou maledicências cuja única finalidade é expor fraquezas e defeitos que, na verdade, também estão presentes em quem as produz, pois é da natureza humana ser imperfeita.

De fato vivemos em sociedade e isso significa que o convívio pacífico requer uma certa dose de desapego aos pré-conceitos que fazemos uns dos outros, pois ninguém está imune a eles. Buscamos cada um o melhor para si e as vezes esbarramos no próximo e neste momento temos que ter consciência do princípio das liberdades individuais.

Dentro de regras mínimas de bom convívio, minha liberdade, por mais forte e abrangente que a palavra indique ser, deve ser limitada a mesma liberdade que meu semelhante possui, ou seja, não posso ou devo ir além daquilo que possa interferir na liberdade do meu semelhante de forma a promover uma agressão gratuita.

Marcelo [Ciello] Poloni

sexta-feira, junho 03, 2011

Qual o seu Tempo?

Pelo Tempo: Caminho, vou seguindo.
Tempo presente:  Realidade, distante estou.
Tempo Futuro: Sonho, uma constante.
Tempo Passado: Memória, experiência de vida
Tempo de sorrir, chorar: Sentimentos, alma em momvimento
Tempo para tudo: Disposição, Desafio da prática.
Tempo congelado: Imagem, Inspirações estáticas
Tempo perdido: Desperdício, acelerar o agora.
Tempo conquistado: Fôlego, pensar melhor o amanhã.
Tempo adiantado: Afobado, relaxar os sentidos.
Tempo de descoberta: Jornada, da alma ao coração.
Tempo de Ir: Partida, desafio o desconhecido.
Tempo de voltar: Reencontro,  expectativa.
Tempo meu: Indivíduo, meu Eu de verdade.
Tempo nosso: Cumplicidade, caminho conjunto.
Pelo Tempo: Encontro-o, Vamos?

Qual o seu tempo? Faça um tempo seu, para que seja nosso!

Marcelo [Ciello] Poloni

quinta-feira, junho 02, 2011

A Identidade do Desejo


Biologicamente o ser humano é nada mais que um animal cujas funções cognitivas o diferenciam das demais espécies. Sua natureza sofre constante influência do meio e do bombardeio químico hormonal que, acentuados na puberdade, despertam o crecimento corporal e a formação do desejo, da atração fisica e sexual. É o momento que se começa a adquirir maior consciência de sua natureza. Alguns meninos começam a perceber que gostam de meninos e sentem desejos além de suas compreensões ainda infantis. O mesmo acontece com diversos animais irracionais "selvagens" que tem o mesmo padrão comportamental e preferem ter relações sexuais com parceiros do mesmo sexo.

O humem, dotado de sua inteligência, criou códigos de conduta guiados por uma suposta racionalidade reprodutiva e pela maioria, esquecendo-se de que sua complexidade e de seus instintos, desejos e prazeres. A evolução da humanidade, guiada pela necessidade de compreender elementos e eventos inexplicáveis ao cotidiano, despertou os preceitos do mito e da fé, materializando então as religiões.

Mesmo guiado por regras, o ser humano jamais perdeu seu instinto natural. Quando um homossexual masculino depara-se com um espécime também masculino, não necessariamente homossexual, sua carga de hormônios geradora da libido, desperta reações e sensações típicas no corpo. A atração sexual, em princípio, é visual, guiada por ferômonios talvez, e depois completa-se com interagrações físicas e sociais. Quem nunca viu aquele homem e ficou excitado só de olhar?

O ser humano é visual por natureza e quando lhe é apresentado um padrão diferente do que a visão e o cérebro estão acostumados a encarar, e reagir, os conceitos e pre-conceitos já arraigados socialmente perde-se do rumo da tradicional evolução das percepções visuais. Todas nas imagens desta publicação, que podem ter despertado o interesse em alguns, nasceram mulheres. Hoje são transsexuais e vivem muito a frente de nossas capacidades cognitivas. São homens e mulheres que assumiram suas identidades sexuais plenas neste sentido e que, com a ajuda da ciência, conseguem hoje reverter o fisico para o seu verdadeiro Eu essencial.

A dinâmica da identidade sexual e de genero tem sutilezas tão profundas no ser humano que conhecê-las por completo é uma tarefa árdua e ainda incompleta. Para além das definições e padrões convencionais que a grande maioria dispõe como verdade, valeu a pena ter visitado a exposição "Corpos Pintados" na OCA, uns bons anos atrás, e descoberto, através do fotógrafo Loren Cameron, parte da delicadeza da personalidade humana liberta pela transformação e sua aceitação plena, contudo ainda muito pouco conhecida pelo público. Perverso é perceber no dia-a-dia que entre os homossexuais existem preconceitos próprios e arraigados em quem, por natureza, deveria entender a diversidade plenamente, mas é utopia, afinal, são também, seres humanos e carregam os mesmos defeitos de seu comportamento.

Marcelo [Ciello] Poloni

Para conhecer os rapazes acima: [Buck Angel] [Loren Cameron] [Jamison Green][Thomas Beatie] [Balian Buschbaum |Fotos]

sábado, abril 30, 2011

Corpo Negro em Brilho de Diamante


Lá do alto encontro o meu fascínio pelas mágicas luzes de um palco imenso. Descobri que gosto muito de observar do alto a geografia silênciosa das grandes jóias urbanas; metrópoles como São Paulo, muito além de seus problemas cotidianos e mazelas sociais.

Em vôo noturno sempre tenho uma sensação de tranquilidade diante das cores amarelo, laranja e vermelho de suas grandes avenidas, rotas de tantas vidas que, através de tantos caminhos, seguem como sangue vital por veias urbanas cintilantes. A cidade tal qual um organismo vivo. Pulsante.


Sim, parece e é clichè a moda de quem, mesmo indo e vindo diversas vezes nestas rotas aéreas, sempre se coloca na janela do avião para analisar algum contorno diferente de seus meandros vibrantes em luzes que mais parecem brilhos e reflexos de um grande colar de diamantes espalhados pelo corpo negro de sua noite.

Sempre existe uma emoção diferente quando da partida e quando da chegada. A esperança e a ansiedade na partida é diretamente proporcional ao conforto da volta e o reencontro daquele cantinho de mundo que é só seu onde se reina como soberano de suas vontades.

Sim, voltei pra casa. Logo mais embarco de novo, mas volto e a sensação será a mesma. Aposto.

Marcelo Poloni

sábado, abril 23, 2011

Entre Portas e Janelas

Existem caminhos tão inexperados que te fazem refletir. Cheguei aqui, no cantinho do interior onde reside o núcleo materno da familia, despreocupado da vida, liberto de muitas amarras e confiante de que o sentimento da conquista recente, daquele beijo inexperado, cativado e retribuido em outros bejios, palavras, gestos e sensações, está amplificando sua magnitude. Esta porta está aberta para fluir todo o sentimento que me cabe e que vai além. Na casa do meu coração só existe uma porta por onde é exclusiva a passagem de um sentimento desta natureza.

Da janelas, e existem muitas, sentimentos de carinho, amizade, afeição, cumplicidade e respeito observam e admiram a beleza interior e a luminosidade que flui sem barreiras. Todos se encontram e trazem um pouco a mais nesta troca. Das janelas dos amigos à porta daquele que pode ser o "eterno", existe um infinito de situações, lembranças e emoções que fazem única a nossa vivência.


Houve um vendaval na sala e todas as janelas tiveram vidros quebrados. Quem observava sentiu rajadas fortes de sentimentos verdadeiros, puros. Um quase altruísmo para com este vendaval. Mas, assim como ele me entende, eu o compreendo por causa de nossa íntima e única passionalidade, em personalidades que talvez somente Clarice, possa traduzir em verbos e predicados.

Existem crônicas que não devem ser publicadas pois revelariam sentimentos arraigados a dificuldade de se amar e ser amado. Revelações não serão mais necessárias para preencher vazios e lacunas de sentimentos tortos. O passado sai pela porta da frente levando o vento leste, como um dia ele entrou, altivo e verdadeiro, e  poderá ficar na janela, quando toda a liberdade das verdades de cada um forem ditas pessoalmente e encerradas num abraço de uma nova etapa.

Eu esperarei de braços abertos.

quarta-feira, abril 20, 2011

Preciso daquilo que lhe Falta?


...Afinal eu Tenho!

Tenho um pouco de abstração e uma fruição constante que não se resume à arte. Tenho olhos para conexões textuais. Tenho boa percepção artística e visual. Tenho grandes esperanças. Tenho um pouco de tudo que é belo deste mundo na alma. Tenho o suficiente para lhe cativar. Tenho humildade de dizer que não sou simples (mas quem o é?). Tenho uma passionalidade nata que me devora. Tenho a tendência de me apaixonar depois de palavras concretas ditas em tardes de domingo com chuva e vinho. Tenho medo das expectativas e  ilusões destas tardes. Tenho o direito de contar que sofri por isso. Tenho que dizer muito mais, mas tais considerações soariam como desnecessárias e apanhadas de outro estilo que lhe falta. Falta muito para esquecer. Falta muito ainda para perdoar. Mas Falta pouco para encontrar o caminho que preciso para ir além. Preciso ver além. Preciso abrir janelas. Preciso ver o sol à minha frente e ver que atrás ficaram apenas as sombras das saudades daquele domingo vinte e três de janeiro de um ano ainda presente.

E agora um Talvez?

quarta-feira, março 30, 2011

Flores de Além-Mar


Se sou tinta, Tu és tela

Se sou chuva, És aguarela
Se sou sal, És branca areia
Se sou mar, És maré cheia
Se sou céu, És nuvem nele
Se sou estrela, És de encantar
Se sou noite, És luz para ela
Se sou dia, És o luar

Sou a voz Do coração Numa carta Aberta ao mundo
Sou o espelho D'emoção Do teu olhar Profundo
Sou um todo Num instante, Corpo dado Em jeito amante
Sou o tempo Que não passa Quando a saudade Me abraça

Beija o mar O vento e a lua
Sou um sol Em neve nua
Em todas as ruas Do amor
Serás meu E eu serei tua

Todas As Ruas do Amor
Composição : Pedro Marques


Flor de Lis, grupo português, interpretou essa canção de letra sensível em 2010 no Eurovision Song Contest em Moscou. Ficou marcada na minha memória em versos que costumo transformar em prosa no dia-a-dia. Mesmo parecendo um jogral de colégio não deixa de ter seu valor e meu respeito. É doce, é suave e fez do hoje um dia mais feliz no meu ir e vir pelas ruas da metrópolis paulistana.

Madredeus também está de volta ao meu playlist junto com outras canções retratadas em emoções memoráveis. "Haja o que houver", do álbum Paraíso, é um hino para àqueles que entendem o valor da espera e a sua redenção, da saudade latejante de emoção. A interpretação de Teresa Salgueiro é memorável e, mesmo quando revisitada por Zizi Possi e sua filha Luiza, continua cativante aos meus ouvidos.
De lá da terrinha para cá em terra Brasilis, a presença portuguesa também já foi sentida em diversas oportunidades e colaborações. Nossa, e deles também, Eterna Diva Carmem Miranda abriu o caminho para muitos que vieram depois. Dulce Pontes e Daniela Mercury encerram esse meu caminhar pela sonoridade de nossa língua mater, que, em essência, letra e poesia, jamais será superada por qualquer estrangeirismo típico de nossos "tempos modernos" em nossa socidade consumidora de "perfumes".
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Quem é ateu E viu milagres como eu
Sabe que os Deuses sem Deus Não cessam de brotar,nem cansam de esperar
E o coração Que é soberano e que é senhor
Não cabe na escravidão Não cabe no seu não
Não cabe em si, de tanto sim É pura dança e sexo e glória
E paira para além da história...

Quer mais música? Eu recomendo o EnTHulho Musical!
Quer mais Eurovision? Tem o Janelão que eu recomendo para abrir a mente e os ouvidos à outros sons...


Marcelo Poloni
Ps1: Não tenho nada contra músicas em outras línguas, gosto muito delas e as ouço constantemente, cada uma tem seu valor, tempo e acontecimento.

Ps2: Relato de como estamos fadados ao consumismo e ao esquecimento gradual de nossas origens, língua e história.

Ps3: Me cansa e já tenho preguiça de argumentar àqueles cheios de "achismos" pensantes que Daniela Mercury se reduz apenas a axé music (olha o estrangeirismo!!! ehehe) .


segunda-feira, março 21, 2011

Blinding Lights


Eles estão a caminho! Muito em breve estarei lá no estádio fazendo coro para Muse + U2. Algumas músicas marcaram o tempo que passou e outras tantas ainda tem espaço para nosso dia-a-dia nesta loucura da megalópole paulistana, em perfeita sintonia com City of Blinding Lights que, hoje, marca a estréia da contagem regressiva para o show.




São Paulo


De todos os sentidos, De todas as realizações. De todos nós.






Desde que aqui cheguei transformações profundas aconteceram. Deixei o garoto mimado na lembrança da mãe que mora no interior. Encontrei amigos de outros tempos e fiz outros tantos que promovem meu coração em alegria.




Encontrei e perdi amores em paixões pelo tempo. De namorados fiz alguns amigos. De alguns amigos fiz alguns namorados. Não quis magoar mas talvez tenha feito sem querer. Fui magoado outras vezes mas perdoei e também fui perdoado.







Da vida conheci o mistério de vários olhares, de várias vênus, de várias tentações. Não sabia, e talvez nunca saiba direito, a lidar muito bem com sentimentos, mas aprendi a lutar por aquilo que acredito e quero. Se venci ou perdi, fez e fará parte do cotidiano de nossa vivência social.




Desabafei e aprendi que preciso fazê-lo quando em angústia e assim descobri com quem posso contar mas também estendi meu ombro, meu colo e meu carinho àqueles queridos de todas as horas que passam por situações difíceis. Conheci o Rio e lá encontrei um porto seguro de amigos que vieram de vários lugares do Brasil. Foi uma verdadeira escola, de samba, de emoção, de carinho e de companheirismo.





Fui para longe realizar alguns sonhos de além-mar e encontrei outras cidades, megalópoles de outras línguas, de outras sensações, de outros temperos, de outras imaginações. Não fui óbvio nas minhas escolhas e resgatei imagens do passado para chegar ao Oriente. Atravessei da Europa para a Ásia e de lá fui a África. Conheci antigas civilizações.




Não me gabo ou ostento, como muitos fazem, pois foi resultado de uma conquista de muitos anos e não apenas uma simples travessia com recursos de fácil ganho. (quer conferir mais? Pra lá vou eu! meu outro blog... parado no tempo passado).








Assim eu vou, tal qual Caetano cantou, sem lenço, sem documento, nada no bolso ou nas mãos. Eu quero seguir vivendo, amor! Eu vou...




Marcelo Poloni






City Of Blinding Lights

[...]


I've seen you walk unafraid


I've seen you in the clothes you made


Can you see the beauty inside of me?


What happened to the beauty I had inside of me?




And I miss you when you're not around


I'm getting ready to leave the ground




Oh you look so beautiful tonight


In the city of blinding lights




Time... time Won't leave me as I am


But time won't take the boy out of this man













domingo, fevereiro 27, 2011

Perto do Fogo

Os caminhos que nos levam ao futuro não são simples de se seguir. Daqueles que já passei tenho muitas feridas e muitas recordações maravilhosas. Não devo julgar as pessoas pelos seus atos, presentes ou passados, apenas tenho minhas idéias e ideais do que quero para mim e não desejo menos para os outros, desde que eles acreditem em si e naquilo que dizem.

Sou muito passional e tenho dentro de mim uma certa bondade de Amelie Poulain que tanto cito por aqui. Se catalogar meu extrato de vida, ajudei muito, ouvi muito, senti muito a dor e a alegria dos outros. Sempre tento fazer com que as coisas funcionem com justiça e felicidade.

Percebo que tenho um princípio de doação ao outro. Me entrego e me abro com a maior facilidade. Da mesma forma volto a cena do filme que questiona através da análise de um quadro o essencial: Amelie diz: "Hummm, pelo contrário. Talvez faça de tudo para arrumar a vida dos outros." Pintor: "E ela? E as suas desordens? Quem vai pôr em ordem?" Acredito que Amelie terá um final feliz mas antes terá que acreditar em si mesma e não deixar que veja da janela de sua casa a vida passar pelos seus olhos.

Já passaram muitos sentimentos por este meu filme pessoal. Entreguei-me a tantos outros. Sai de uma cidade do interior, da casa e do conforto de duas mães, para morar sozinho em São Paulo. Perdi mais de 40kg e reorganizei minha estima própria. Perdi meu amigo de infância por causa da Aids e ganhei uma estrela no céu a me olhar. Encontrei casos, ficantes, paixões e amores. Mantive um relacionamento por alguns anos, sofri com a sua bipolaridade, mas acreditei. Hoje existe um carinho especial apenas.

Fui ao céu e realizei alguns sonhos no Egito e na Turquia, além de grandes realizações pessoais bem próximas: lembro-me até hoje do meu choro menino ao ver pela primeira vez os carros alegóricos da minha querida escola de samba Beija-Flor (sim eu gosto, não interpreto como um bunda-lê-lê fútil e desnecessário - logo mais explicarei).

Estou perto do fogo, me queimo por dentro e, racionalmente, deveria repelir a chama. Não tenho certeza de nada e tampouco saberei pelo tempo que passar. Vou vivendo. Minha anestesia de carnaval se aproxima para abrandar o sentimento. Sou esfinge, sou humano. Sou pergunta e sou resposta. Sou a luta dos que acreditam que ainda existe um olhar de Vênus para ser alcançado em completeza, tanto a minha quanto a dele.

Ao chegar até aqui parece que definho em palavras uma sensação de desilusão pela vida e pelo amor. Não é bem assim. Por acreditar que existe uma revolução em mim, sei que há muito mais em minhas veias. Minha doação, minha passionalidade, meu sentimento, meu bem querer e tudo mais que se interpreta nitidamente por minha sede de encantamento, brilhará eternamente em meus olhos de sonhador.

Marcelo Poloni

autor desconhecido:

"Meu coração e a realidade ainda não falam a mesma língua, mas ainda assim se entendem em uma vontade de concretizar desejos de amor. Então, para amar, só me resta o tentar. Passam tantas pessoas em minha vida e algumas delas me perdem. Porém, não, eu não quero que ninguém perceba mais tarde que me perdeu. Quero que alguém perceba bem cedo que me encontrou."

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Todos Iguais

A liberdade é um bem maior que devemos preservar a todo custo mas devemos estar atentos aos limites que devemos ter para com nosso semelhante, afinal, somos todos seres e humanos, ainda. Minha liberdade, e inclui-se neste conceito os meus "limites", está intimamente ligada a liberdade, e limites, do meu semelhante. Pouco me importa se meu vizinho não aceita o fato de que sou homossexual. Sua liberdade está diretamente ligada no meu exercício pleno de igual liberdade, onde deve existir sociabilidade, respeito e convivência pacifica. E funciona.

Você se importa com um casal gay em beijos e amassos calorosos no metrô? Eu me importo, e em igual intensidade com um casal hetero em igual condição. Acho que existem limites de respeito, e bom senso, para nossas atitudes, o que não interfere com a liberdade de cada um. Da mesma forma que me incomodam atitudes desta natureza, repudio toda e qualquer violência que ambos os casos citados possam sofrer. Está na hora de acordarmos para uma realidade onde somos TODOS parte de uma esfera de convivência em liberdades individuais, desde que a minha liberdade não interfira na sua e vice-versa.

Posso estar totalmente equivocado ou em partes mas é um ponto de vista que está aberto a mudanças, pois idéias novas e referências de vida diversas são sempre bem vindas!

Marcelo Poloni, Ciello

domingo, fevereiro 20, 2011

INclusão noutra Realidade


"Minha alegria vai girar o mundo
Aventureira vai cruzando o mar
Nessa avenida dos sonhos brilhar
O meu amanhã, só Deus saberá
A vida vamos celebrar"

E foi um tempo que passou por essa minha via de múltiplas artes, encontros, desencontros e saudades. Existe um carinho especial por quem a gente se sentiu atraído, realizou desejos e aventuras mas que hoje tornou-se "um pensamento bom" e um "carinho de existência".

Neste mar que navegamos por um bom tempo, turbulências foram muitas a vencer. E vencemos, pairávamos acima da discórdia e reatávamos com muita força nosso laço de "con-vivência" de casal! Em um dia de calmaria, pacificamente chegamos ao outro lado do oceano de nossa convivência.  Desembarcamos em outra história e cada um começou a escrever seu próprio caminho e não mais em conjunto, no mesmo diário de bordo.

Hoje em dia os caminhos se cruzam e a convivência não é mais de casal, mas de amizade e de carinho. Nostalgia à parte, fazer-lhe o bem, ajudar-lhe em seu caminho dá-me forças para que eu siga e me encontre, realize e comece um novo diário de bordo em conjunto. Mesmo batendo de frente em portas fechadas abruptamente, eu acredito em mim. E isso basta.

Muitos preferem apagar o passado pois não tiveram a mesma sorte e a forma que minha jornada se findou. Tive todos os motivos para jogar fora um mundo que criei mas, como acabou na calmaria, sem tempestade, com certeza e a bondade, sem ódio ou rancor, ficou apenas a saudade.

"A saudade é a sombra negra de um passado cor-de-rosa."

Não sei quem escreveu essa frase mas a ouvi num filme brasileiro - "Copacabana". Interpretá-la é desnecessário pois sempre a viveremos dentro de nós.

Ser "EX" não significa, muitas vezes, EX-clusão, mas INclusão noutra realidade, noutra via. E que o futuro não tenha ciúmes do passado pois viveremos em uma eterna primavera.

Àqueles que souberam compartilhar, doar e receber em um tempo bom que já passou e deixa a saudade como marca de nossa existência. História.

Marcelo Poloni

ps: hoje ele, eventualmente, dorme do meu lado, faz cafuné, assistimos filmes, damos risadas, conversamos, jantamos, almoçamos, nos divertimos e brigamos como antes, mas agora é meu amigo e não mais que isso.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Happy Valentine's Day


A entrega ao sentimento não nos torna frágeis, mas muito próximos de nossa verdade e essência, deixando o medo para quem não sabe o que realmente significa amar.

Happy Valentine's Day

Em tempo: assisti Blue Valentine, observei uma inversão de papéis: geralmente é a mulher que se entrega ao macho dominante, que, provido de uma suposta "razão" e pouco tato, acaba estragando tudo. No filme é ao contrário, o macho - Ryan Gosling é quem se entrega ao amor e não é correspondido, faz o papel clássico da adolescente apaixonada que não evolui como deveria em todo o relacionamento. Não entende que paixão deve evoluir para amor, o sublime sentimento de quem, com a idade, pode, e talvez realmente deva, ser interpretado como companheirismo, afinidade, cumplicidade e claro, troca, entrega (inclui sexo! claro) e convívio. Sua parceira, atormentada com seu drama original, mas muito mais pés no chão, não entra na mesma "vibe" de adolescente "em eterna paixão".

A questão é: existem encontros e paixões de todas as naturezas e o filme pauta-se em apenas uma vertente. Vale pela inversão de papéis pois realmente é muito bom ver um suposto "macho" apaixonado. Assim como eu costumo me entregar, resta encontrar quem tenha a mesma sintonia e saiba que, diferentemente do filme, eu sei evoluir sem se portar como um "eterno adolescente".

Marcelo Poloni.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Fenix Branca

O caminho que percorre a fênix de cada um de nós, até encontrar seu destino derradeiro em cinzas e renascimento, tem atalhos, segredos e ilusões, contudo, existem outras paisagens no caminho. Nada é rígido o bastante que não possa ser provido de graça e suavidade. Nada é flexível demais que não possa sustentar um posicionamento e suas convicções.

A liberdade de ser o que quisermos nos tempos atuais é uma dádiva do pensamento humanista mas tem suas consequências. Me sinto livre, solto no ar, sem amarras ou limitações, mas ao mesmo tempo temos que encarar as responsabilidades de nossos atos, de nossas palavras e de nossas atitudes.

Não te preocupes com o passado. Liberdades deveriam nos impulsionar a uma estágio mais sublime de convivência e afinidade, não de recortes mal feitos de nossa realidade. Somos mais que isso. Arriscar não significa criar expectativas ou ilusões. Arriscar é se libertar, sem rotular a liberdade de cada um de nós.

Que a liberdade seja o fio condutor de nossa história!

Vitória do povo, vitória da liberdade. Egito prova ao mundo, e em especial aos brasileiros, o quanto somos "folgados" e desprovidos da capacidade de "mobilização real" para exigir mudanças, sem que não seja por impulso da farsa criada pela mídia com outros interesses.

Marcelo Poloni

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Vai passar...

Impossible Cube - Escher
Nunca devemos ter arrependimento por oferecer ao outro aquilo que temos de melhor no momento, nem por oferecer verdade e transparência. (autor desconhecido)
Os dias tem passado lentamente, parece que um abatimento, desânimo e uma uma vontade de fazer nada tem se apoderado deste corpo. Deve ser um período de transformação, prefiro encarar assim. Espero que passe logo. Vou seguindo, meio que sem rumo. Incertezas. Dúvidas permanecem ainda. Gostaria de ter um alento mas não me é permitido. Fico no vazio de não conversas deixadas para um tempo futuro qualquer.

Vez por outra faço um "quitute" bom para degustar os sentidos. Shitake, pimentão, tomate, azeitonas, cebola e alho, ervas e condimentos. Tudo bem cozido e com alguns segredos. Uma boa dose de vinho, alguns queijos, pão italiano e estava pronta a tarde de domingo.
Pão Italiano com Antepasto de Shitake,
Quitute de um "moço" quase "prendado".

Deveria estar totalmente imerso na descoberta dos recursos da minha nova máquina fotográfica mas sequer a testei por completo, sequer li o manual, sequer tive paciência de fazer algo mais. Quero fazer, mas fico estático. A única fuga é este blog que já me desanima também. Parece inútil, sem propósito e sem vida. Talvez um reflexo de meu atual estágio de sobrevivência.

Clarice está comigo hoje, definitivamente!

Vamos ao trabalho, terminar alguns panfletos, cartões e tudo mais. É um disfarce, uma anestesia, um "o que fazer" que desvia a atenção do nada que toma conta. Vamos lá, vamos organizar meu portifólio para um pedido que recebi hoje. Vai dar tempo? Não sei...

Tempo,
Tempo,
Tempo.

Vai passar.

Marcelo Poloni

Tempo,
Tempo,
Tempo.

domingo, fevereiro 06, 2011

Metamorfose da alma


Inspirado pelo final de semana, este blog vai sofrer uma transformação. Que venha meu cisne negro! Já que dias atrás minha amiga "matou a Pollyana", ontem eu matei a Amelie e, hoje, matarei o Cisne Branco.

Transformar é importante! 
Renascer tal qual a fenix, tal qual cada dia que acaba e se inicia em um outro ciclo.  

Sabe quando você tem a nítida sensação de ter visto algo grandioso? Já estive assim em algumas ocasiões na vida. Foram em arte, em amor, em paixão, em sentimentos profundos que tiveram a capacidade de te fazer olhar para o mundo de outra forma.

Já disse um grande poeta - "Sou um sonhador, mas não sou o único" - contudo estou evoluindo para que não sejam apenas fantasias e sim realidades possíveis.

Gostaria de poder mudar muita coisa em mim e não ser tão dedicado às pessoas, deixando de pensar demais nos outros para me concentrar na minha própria experiência. Infelizmente não sou assim e acabo várias vezes me decepcionando. Mas a vida segue...  e questionamentos sempre existirão para longas conversas e descobertas.

Eu ainda acredito que possam existir dois cisnes dentro de cada um de nós, mas um não pode sabotar o outro. Ambos devem acreditar em suas potencialidades e saber explorar aquilo que cada um pode dar de melhor.

Quem contar
Um sonho que sonhou
Não conta tudo o que encontrou
Contar um sonho é proibido

Marcelo Poloni

sábado, fevereiro 05, 2011

Inesquecível Tentação

Um caminho tende a ser por demais exaustivo se não estivermos firmes em nossas convicções. Duvidar de si mesmo em meio ao percurso pode render horas e horas perdidos além de sapatos gastos na poeira e no divã do analista. Duvidar do que se sente pode provocar catástrofes ainda maiores. Satisfazer a curiosidade e adentrar aos caminhos do desconhecido promove o novo que pode se revelar em essência, abrindo o caminho para o paraíso; ser perfume e evaporar no tempo. ou ser um erro apenas. 


Errar e voltar atrás é uma via menos dolorosa daquela que limita a ação e alimenta o sentimento oco do remorso da não tentativa, da não aventura, do não prazer. Entregar-se ao desconhecido não é um erro. É uma aposta que tem dois resultados óbvios, mas que não são limitados. Ampliam-se em uma gama de vias, não declaradas, mas totalmente possíveis, onde tudo dependerá de quanto é o seu lance inicial e de quanto você está disposto a ceder para que se tenha um bom resultado no final.
"Somos castigados por nossas renúncias. Cada impulso que tentamos aniquilar germina em nossa mente e nos envenena. Pecando, o corpo se liberta do seu pecado, porque a ação é um meio de purificação. Nada resta então a não ser a lembrança de um prazer ou a volúpia de um remorso. O único meio de livrar-se de uma tentação é ceder a ela. Se lhe resistirmos, as nossas almas ficarão doentes, desejando coisas que se proibiram a si mesmas, e, além disso, sentirão desejo por aquilo que umas leis monstruosas fizeram monstruoso e ilegal." (Oscar Wilde)

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