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quarta-feira, abril 20, 2011

Preciso daquilo que lhe Falta?


...Afinal eu Tenho!

Tenho um pouco de abstração e uma fruição constante que não se resume à arte. Tenho olhos para conexões textuais. Tenho boa percepção artística e visual. Tenho grandes esperanças. Tenho um pouco de tudo que é belo deste mundo na alma. Tenho o suficiente para lhe cativar. Tenho humildade de dizer que não sou simples (mas quem o é?). Tenho uma passionalidade nata que me devora. Tenho a tendência de me apaixonar depois de palavras concretas ditas em tardes de domingo com chuva e vinho. Tenho medo das expectativas e  ilusões destas tardes. Tenho o direito de contar que sofri por isso. Tenho que dizer muito mais, mas tais considerações soariam como desnecessárias e apanhadas de outro estilo que lhe falta. Falta muito para esquecer. Falta muito ainda para perdoar. Mas Falta pouco para encontrar o caminho que preciso para ir além. Preciso ver além. Preciso abrir janelas. Preciso ver o sol à minha frente e ver que atrás ficaram apenas as sombras das saudades daquele domingo vinte e três de janeiro de um ano ainda presente.

E agora um Talvez?

sexta-feira, abril 08, 2011

Famílias Rasgadas


Quando perdemos um pai, uma mãe, avós ou entes mais velhos entendemos que é o fluxo natural da vida e mesmo diante da dor da perda, com o tempo entendemos que era algo esperado e acalmamos nosso coração pelo tempo que passará.

Familias são o núcleo essencial de nossa vida. Tivemos, uma, invariavelmente. Papai, Mamãe e filhos ou algumas variações. Se a separações podem ser doloridas para um casal, refletido invariavelmente na prole, acredito que, na inversão da dinâmica da vida, a perda de um filho, ainda criança, ou mesmo já adulto, seja, talvez, uma das maiores crueldades da vida com os sentimentos dos pais.

Quando a inversão da dinâmica do fluxo da vida atinge fatalmente os filhos, e não aos pais, por uma causa que não seja natural ou acidental, a alegria perde-se para todo o sempre na memória que ficará em luto para todo o sempre.

Não há como minimizar a dor desta separação. 
Que aqui fique registrado meu luto solidário a todos vocês e se trouxer um pouco de alento:

Assim nasceram os anjos. Eternos.

Sei que não escrevi nada original e possivelmente muitos já o tenham feito, mas queria deixar registrado nas minhas crônicas este meu momento solidário e de profunda consternação diante desta tragédia.

Marcelo Poloni

ps.: Eu pouco soube lidar com a morte. Nunca quis ir a velórios de familiares. Sempre quis deixar registrado na memória lembranças da vida destes que se foram, até que um dia um "coração verde" contou-me a história de sua mãe e sua reação diante do fluxo da vida. Emocionado, comecei a rever a partir dali, minha postura diante desta dinâmica natural do fluxo da vida. Obrigado Sr. coração verde.



segunda-feira, abril 04, 2011

Dos Ventos, A rosa


Tenho uma ventania dentro de mim que não tem explicação.
Simplesmente surgiu como a fagulha que fez o big-bang e vem se transformando como o universo.
Questionado do porquê deste remoinho que me consome, também não soube explicar.
Não tem direção. Vai e vem com o tempo e me joga à leste de sensações na volta ao sul,
tal qual uma nau errante de sentimentos, entre flores, licores e pudins.
Do perfume da rosa à doce essência vermelha, tem gosto de sentimento. Puro.
Nem sempre dá tempo de fechar a janela para que o vento leste desvie o caminho.
Ele sabe por onde entrar e se fazer presente. Imagens musicais.
Marcará no corpo a essência de um carinho, formatado de inspiração.
Gravará na pele, e não em areia, que se desmancha, um coração.
Ciclo infinito de recordações.
Venta pelo eterno de minha alma.

Marvin Gaye - Yesterday

Para o hoje, para o ontem e quiça para sempre.

Marcelo Poloni

domingo, fevereiro 27, 2011

Perto do Fogo

Os caminhos que nos levam ao futuro não são simples de se seguir. Daqueles que já passei tenho muitas feridas e muitas recordações maravilhosas. Não devo julgar as pessoas pelos seus atos, presentes ou passados, apenas tenho minhas idéias e ideais do que quero para mim e não desejo menos para os outros, desde que eles acreditem em si e naquilo que dizem.

Sou muito passional e tenho dentro de mim uma certa bondade de Amelie Poulain que tanto cito por aqui. Se catalogar meu extrato de vida, ajudei muito, ouvi muito, senti muito a dor e a alegria dos outros. Sempre tento fazer com que as coisas funcionem com justiça e felicidade.

Percebo que tenho um princípio de doação ao outro. Me entrego e me abro com a maior facilidade. Da mesma forma volto a cena do filme que questiona através da análise de um quadro o essencial: Amelie diz: "Hummm, pelo contrário. Talvez faça de tudo para arrumar a vida dos outros." Pintor: "E ela? E as suas desordens? Quem vai pôr em ordem?" Acredito que Amelie terá um final feliz mas antes terá que acreditar em si mesma e não deixar que veja da janela de sua casa a vida passar pelos seus olhos.

Já passaram muitos sentimentos por este meu filme pessoal. Entreguei-me a tantos outros. Sai de uma cidade do interior, da casa e do conforto de duas mães, para morar sozinho em São Paulo. Perdi mais de 40kg e reorganizei minha estima própria. Perdi meu amigo de infância por causa da Aids e ganhei uma estrela no céu a me olhar. Encontrei casos, ficantes, paixões e amores. Mantive um relacionamento por alguns anos, sofri com a sua bipolaridade, mas acreditei. Hoje existe um carinho especial apenas.

Fui ao céu e realizei alguns sonhos no Egito e na Turquia, além de grandes realizações pessoais bem próximas: lembro-me até hoje do meu choro menino ao ver pela primeira vez os carros alegóricos da minha querida escola de samba Beija-Flor (sim eu gosto, não interpreto como um bunda-lê-lê fútil e desnecessário - logo mais explicarei).

Estou perto do fogo, me queimo por dentro e, racionalmente, deveria repelir a chama. Não tenho certeza de nada e tampouco saberei pelo tempo que passar. Vou vivendo. Minha anestesia de carnaval se aproxima para abrandar o sentimento. Sou esfinge, sou humano. Sou pergunta e sou resposta. Sou a luta dos que acreditam que ainda existe um olhar de Vênus para ser alcançado em completeza, tanto a minha quanto a dele.

Ao chegar até aqui parece que definho em palavras uma sensação de desilusão pela vida e pelo amor. Não é bem assim. Por acreditar que existe uma revolução em mim, sei que há muito mais em minhas veias. Minha doação, minha passionalidade, meu sentimento, meu bem querer e tudo mais que se interpreta nitidamente por minha sede de encantamento, brilhará eternamente em meus olhos de sonhador.

Marcelo Poloni

autor desconhecido:

"Meu coração e a realidade ainda não falam a mesma língua, mas ainda assim se entendem em uma vontade de concretizar desejos de amor. Então, para amar, só me resta o tentar. Passam tantas pessoas em minha vida e algumas delas me perdem. Porém, não, eu não quero que ninguém perceba mais tarde que me perdeu. Quero que alguém perceba bem cedo que me encontrou."

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