Todas as pessoas podem achar aquilo que quiserem umas das outras, é quase que instintivo e vem dos primórdios da humanidade. Sacanagem é utilizar-se disso para criar intrigas ou maledicências cuja única finalidade é expor fraquezas e defeitos que, na verdade, também estão presentes em quem as produz, pois é da natureza humana ser imperfeita.
De fato vivemos em sociedade e isso significa que o convívio pacífico requer uma certa dose de desapego aos pré-conceitos que fazemos uns dos outros, pois ninguém está imune a eles. Buscamos cada um o melhor para si e as vezes esbarramos no próximo e neste momento temos que ter consciência do princípio das liberdades individuais.
Dentro de regras mínimas de bom convívio, minha liberdade, por mais forte e abrangente que a palavra indique ser, deve ser limitada a mesma liberdade que meu semelhante possui, ou seja, não posso ou devo ir além daquilo que possa interferir na liberdade do meu semelhante de forma a promover uma agressão gratuita.
Acredito que nossa pátria tem a tendência e está no fluxo da evolução. Em alguns aspectos vai rápido e em outros caminha lentamente como se estivesse ainda presa as rendas da sinhás do período colonial. Cabeças limitadas, fechadas ao direito alheio de ser e exercer seu Eu pleno em direitos e deveres, sem medo ou preconceito. Medo de ser? De assumir? De virar a dinâmica a seu favor? Tudo torna-se mais fácil, por ser natural ao seu Eu, aceitar a vida e dentre diversas citações que poderia colocar aqui, fica sempre uma martelando: "Se esconder é uma forma de fomentar o preconceito". E é!
A nossa sociedade logo vai encarar a realidade e dar um basta no pensamento estúpido, pobre e limitado de "bolsonaros", radicais religiosos, "pit-boys" e homofóbicos de plantão que, apesar de nunca deixarem de existir, ficarão limitados a sua ignorância nativa.A pobreza de espírito coletivo de nossa sociedade, que quer(?) progredir em diversidade e maturidade, ainda é dominante e puritanista. Parte deste mal é reflexo da educação recebida, desde sempre, fraca e desmotivada, unilateral.
"A imaginação, o sentimento, o novo, o imprevisto que surge do espírito desenvolvido é proibido para eles, cabeças fechadas, cérebros obtusos, eternamente negados a luz." Camille Claudel
A tendência social será de aceitação, inclusão, mas, e o que me deixa perplexo ainda, não será pelas vias da educação, formação ou na abertura de nossa capacidade cognitiva social. Será pela submissão "colonial" e intelectual(?) do povo que vai olhar para o resto do mundo (eixo Eua-Europa) rico - de bolsas, roupas, perfumes, eletrônicos, marcas e modelos - e achar que devemos copiá-los para ser "primeiro mundo" (definição pueril ultimamente). Pelo menos essa absorção conceitual e estilo de vida é benéfica em sentido mais amplo.
Então vamos dar vazão destes "padrões evolutivos" do Império para que, na Colonia, toda a sociedade, ou a maioria dela, venha a conhecê-los e comprar seu ideal humanista. Por exemplo: na Holanda, no dia das crianças, no horário nobre da TV, pode acontecer de um filho de dois pais Gays cantar sobre seu orgulho de tê-los! Quem sabe um dia a gente chega neste nível!
Bem vindo mundo ao novo "novo-mundo"! Que desembarquem das caravalelas o conhecimento e a tolerância comprada no exterior para que possamos - todos - saber e exercer o Eu pleno de nós mesmos e não fomentar mais preconceito.
Marcelo [Ciello] Poloni
* Homenagem aos evoluídos: Luciano Guimarães, Tony Goes, Dino Costa, Douglas Gamma e Rafa Zveiter que fazem de seus blogs referências convergentes de opiniões e liberdades necessárias a evolução pelo conhecimento. Parabéns! Muito mais que recomendados, necessários!
* [AQUI] tem mais um exemplo para ser reproduzido e publicado nestas minhas saudades. Yes baby! Love! Love and Love!
* NOTA: texto editado e re-publicado de forma a uma melhor assertividade de seu conteúdo.
Hoje travou-se um dilema muito interessante entre o coletivo e o individual. O quanto vale você bradar aos quatro cantos a sua revolta, baseada em uma questão privada, particular, apoiada por hipóteses coletivas não concretas ou embasada em fatos?
Foi-se o tempo que existiam a solidariedade e o compromisso com um bem maior e com a coletividade. Vive-se atualmente do individualismo e da mentalidade limitada em pensamento, na exata distância que vai de uma orelha a outra. As opiniões próprias sempre serão mais importantes e corretas e jamais podem ser questionadas pois, cercado de uma carcaça de interesses próprios, transforma-se em verdades universais. Universais?
Todos os argumentos, por mais nobres e corretos que sejam, estão subjugados a mesquinharia do individualismo onde o MEU é mais importante que o SEU e se esquece completamente que existe a necessidade de um bom relacionamento com o NOSSO ou o DELES. Assim o convívio na sociedade moderna caminha para o colapso das relações de amizade pois o universo ao redor de cada um se estreita cada vez mais.
A crítica deveria ser usada como forma de reflexão mas toda a idéia contrária a necessidade imediata de cada um deixa de ter valor, por mais correta, concreta e consistente que venha a ser. Acredito que ainda possam existir valores que se sobreponham ao individualismo latente na sociedade atual e não deixem cegos aqueles que ficam a sobra de sua própria ignorância.
Para ilustrar o quadro, como de costume, uma citação: "O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: - Senhoras e senhores, eu sou um canalha." Nelson Rodrigues.
Acredito ainda que existam outros tantos que, assim como eu, saibam ou procurem conviver e viver não exclusivamente para seus umbigos, observando além de suas próprias limitações e não se limitando a elas.
O mundo e a sociedade está precisando de uma dose cavalar de sensibilidade. Uma legião de "Amelies" poderiam sair da fantasia cinematográfica para trazer a tona um pouco mais de compreensão aos nossos corações.
Marcelo Poloni
ps. também não estou imúne a lapsos de individualidade ou erros e, por isso mesmo, me critiquem quando for necessário! Desta forma poderei ampliar minha consciência, idéias e aprendizado, corrigindo distorções e atitudes impulsivas.
"Experiência não é o que acontece com um homem; é o que um homem faz com o que lhe acontece." Huxley
Eu acredito que todas as pessoas podem achar aquilo que quiserem umas das outras, é quase que instintivo e vem dos primórdios da humanidade.... sacanagem é utilizar-se disso para criar intrigas ou maledicências cuja única finalidade é expor fraquezas e defeitos que, na verdade, também estão presentes em quem as produz, pois é da natureza humana ser imperfeita.
De fato vivemos em sociedade e isso significa que o convívio pacífico requer uma certa dose de desapego aos pré-conceitos que fazemos uns dos outros, pois ninguém está imune a eles. Buscamos cada um o melhor para si e as vezes esbarramos no próximo e neste momento temos que ter consciência do princípio das liberdades individuais.
Dentro de regras mínimas de bom convívio, minha liberdade, por mais forte e abrangente que a palavra indique ser, deve ser limitada a mesma liberdade que meu semelhante possui, ou seja, não posso ou devo ir além daquilo que possa interferir na liberdade do meu semelhante de forma a promover uma agressão gratuita.