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domingo, maio 29, 2011

Por um tempo Teu

Ele chegava sempre com sua vida simples, sem recursos, com fome, não daquela lasagna do almoço, mas de arte, cultura e vida, que poderia eu oferecer naquele presente tempo passado, através de algumas longas horas de tv, música, livros, revistas e internet. Era a troca, o novo, o antigo e o presente, de uma vida pulsante em cada um de nós, desconectados de nossas duras realidades e sofrimentos e interligados ao querer bem imaterial. A crítica e o sarcasmo, bem como a alegria de viver, fantasias e carinhos da amizade, eram cintilantes em seus olhos negros.

Era um protetor das malediscências daqueles que não entendiam meu cotidiano de poesia ingênua, preso eu que estava a uma vida inexistente fora dos muros impostos por uma não aceitação ou libertação. Sabia quem eu era muito mais que minha própria identidade pessoal poderia revelar. Nunca disse, ou colocou em xeque, minha personalidade que, àquela época, começa a se soltar  e encontrar seu verdadeiro caminho.

Era a luz negra, presente e invisível, de um caminho que eu deveria percorrer - e sabia que eu precisava urgentemente fazê-lo como se estivesse sozinho - para conquistar, com erros e acertos, aventuras e devaneios, a vida por inteiro, como um rio que busca o mar de descobertas infinitas no desaguar de suas esperanças. O rio de solidão com afluentes crises de tristeza encontrava-se, enfim, com a vida ocêanica de possibilidades.

Por um tempo teu, neste domingo, como há muitos anos, no aconchego maternal, esperava-o para o almoço. Ele não veio. Não ouvi sua voz. Não senti seu calor. Sua presença física ficou pelo tempo de memórias. Virá apenas pelos pensamentos meus, deitados em letras, palavras e sentimentos, neste canto que encontro para manifestar sua presença que ainda me protege, mesmo de longe noo distante eterno espaço de estrelas onde figura soberano aos meus olhos com seu eterno brilho de ébano. 

Do passado não traduzido em verbos conjugados, expelidos de minha boca, presos que ficaram ao coração, em timidez estúpida e medo, e pelo presente de ser quem sou, derramo-me hoje, e para sempre, sentimentos em verdades a quem valha-me por essência. É necessário saber amar para se sentir amado e nunca deixar para a úlitma hora dizer o que se sente correndo o risco de chegar atrasado ao encontro da vida. Eu sinto, eu digo e enfrentarei desafios tão grandes como a verdade de ser "eu" mesmo.

 Que seja pelo tempo e não por um tempo apenas...


Marcelo [Ciello] Poloni

* em mémoria de L.A.P.P, um amigo que ocupa pelo eterno e infinito espaço entre o coração e minha alma.

** ** Reflections of a Skyline: Curta filmado sobre um telhado em Londres durante um único dia. Parte do filme "Crave" de Sarah Kane Uma escritora muito talentosa, mas que não conseguiu que o seu trabalho fosse apreciado por muitos até que fosse tarde demais. Ela cometeu suicídio aos 28 anos enforcando-se em um banheiro no London's King's College Hospital. Direcão : Michael Tamman & Richard Jakes com Christopher Dunlop and Fiona Pearce.

segunda-feira, maio 23, 2011

Olhar menino de sonhos eternos



Hoje ele alimenta seu corpo, proteje sua alma. Criou mecanismos para não se entregar aos sentimentos como um ingênuo sonhador que foi um dia. Recolhe-se agora, e temporariamente, para recuperar suas forças, no cantinho familiar que sempre o abrigou na infância e adolescência. Àquela época onde vivia o dilema de não entender os porquês da vida e de ser fechado em um círculo de proteção familiar exagerado. Duas mães e avós maternos que recolhiam o "pequeno príncipe" à uma ingenuidade quase infantil aos 14 anos.

Sem uma figura paterna e sem um rumo certo, orientação ou conselhos amigos, colocou-se cara a cara com todas as adversidades sem saber se defender. Passou constrangimentos por não ter a esperteza que se esperava de sua época. Descobriu a vida sozinho e assim cresceu sem ter que o compreende-se. Percebeu tarde demais que uma amigo de infância o protegia das maledicências e não pode agradecer-lhe a altura de sua bondade.

Com o tempo descobriu que seu desejo tinha feições masculinas e não soube evoluir em tempo de aproveitar sua adolescência, marcada antes pela paixão meiga por uma colega de escola. Platônico em coração apenas, nunca foi além, sua vida fechada o limitava em lidar e saber como relacionar-se além dos sonhos. Fechado em seu mundo particular de anseios pelo que existia além dos muros do seu lar maternal ficou por muito tempo a estudar a vida pela janela de sua imaginação.

Demorou a encontrar seu caminho. Sua vida nunca foi fácil e tampouco tinha recursos para libertar-se. Suas opções limitavam-se ao que era imposto pelos recursos familiares. Fez tudo o que os laços familiares quiseram que tivesse feito e fez com maestria. Estudou muito ser ter um motivo. Foi aluno exemplar mas não era a sua vida. Sobrevivia de esperanças.

O tempo é cruel e sem saber como se aventurar, sem recursos e sem expectativas, deixou-se novamete levar pelo apelo familiar e estudou um pouco mais para conseguir aquele emprego que no passado era glorioso e hoje é como um outro qualquer. Venceu! e a partir daí, mesmo diante dos poucos recursos que dispunha, começou sequenciais transformações. Tomou as rédeas de seu destino e seguiu em rompantes frenéticos de reconquista do tempo perdido.

Depois de tantos anos faz hoje uma avaliação efetiva daquilo que lhe valeu a pena e percebe que será eternamente um coração menino cheio de sonhos mas que, no presente, faz da realidade uma realização gradativa concreta de suas conquistas a cada novo passo que toma em direção ao seu bem estar, em busca pelo que considera ser um encontro com a sua vida, ainda em evolução constante. Seu mundo imaginário de outrora agora forma-se diante de seus olhos curiosos.

Marcelo [Ciello] Poloni.

sexta-feira, março 25, 2011

Umidade Relativa: Edmundo


Nem precisava pedir muito...

Lá no meu passado, quando assistia futebol com mais paixão, torcendo pelo Palmeiras com muita garra e dedicação herdadas pela tradição familiar, ele também marcava a área noutro tipo de entretenimento. Domingo era dia de clássico. Domingo era dia de Cartão Verde com o Juca Kfouri, Armando Nogueira, Flávio Prado e José Trajano. Debate de esporte em geral e sempre com uma dose maior para a "paixão nacional". Seus lances e sua ousadia, além de seu jeito "esquentado" e brigão também ganhavam destaque no debate. Na minha cabeça outros pensamentos, além daquela falta ou daquele impedimento que não houve! Imaginem depois de um tempo quando eu entrava num provador de roupa masculina em algum "magazine" lá do interior e encontrava aquele poster das cuecas Zorba com ele? Tensão! Passe livre nesta sexta-feira para o "Animal", sempre Edmundo.

Hummmm! alguém mais pra entrar na barreira?





segunda-feira, março 21, 2011

Blinding Lights


Eles estão a caminho! Muito em breve estarei lá no estádio fazendo coro para Muse + U2. Algumas músicas marcaram o tempo que passou e outras tantas ainda tem espaço para nosso dia-a-dia nesta loucura da megalópole paulistana, em perfeita sintonia com City of Blinding Lights que, hoje, marca a estréia da contagem regressiva para o show.




São Paulo


De todos os sentidos, De todas as realizações. De todos nós.






Desde que aqui cheguei transformações profundas aconteceram. Deixei o garoto mimado na lembrança da mãe que mora no interior. Encontrei amigos de outros tempos e fiz outros tantos que promovem meu coração em alegria.




Encontrei e perdi amores em paixões pelo tempo. De namorados fiz alguns amigos. De alguns amigos fiz alguns namorados. Não quis magoar mas talvez tenha feito sem querer. Fui magoado outras vezes mas perdoei e também fui perdoado.







Da vida conheci o mistério de vários olhares, de várias vênus, de várias tentações. Não sabia, e talvez nunca saiba direito, a lidar muito bem com sentimentos, mas aprendi a lutar por aquilo que acredito e quero. Se venci ou perdi, fez e fará parte do cotidiano de nossa vivência social.




Desabafei e aprendi que preciso fazê-lo quando em angústia e assim descobri com quem posso contar mas também estendi meu ombro, meu colo e meu carinho àqueles queridos de todas as horas que passam por situações difíceis. Conheci o Rio e lá encontrei um porto seguro de amigos que vieram de vários lugares do Brasil. Foi uma verdadeira escola, de samba, de emoção, de carinho e de companheirismo.





Fui para longe realizar alguns sonhos de além-mar e encontrei outras cidades, megalópoles de outras línguas, de outras sensações, de outros temperos, de outras imaginações. Não fui óbvio nas minhas escolhas e resgatei imagens do passado para chegar ao Oriente. Atravessei da Europa para a Ásia e de lá fui a África. Conheci antigas civilizações.




Não me gabo ou ostento, como muitos fazem, pois foi resultado de uma conquista de muitos anos e não apenas uma simples travessia com recursos de fácil ganho. (quer conferir mais? Pra lá vou eu! meu outro blog... parado no tempo passado).








Assim eu vou, tal qual Caetano cantou, sem lenço, sem documento, nada no bolso ou nas mãos. Eu quero seguir vivendo, amor! Eu vou...




Marcelo Poloni






City Of Blinding Lights

[...]


I've seen you walk unafraid


I've seen you in the clothes you made


Can you see the beauty inside of me?


What happened to the beauty I had inside of me?




And I miss you when you're not around


I'm getting ready to leave the ground




Oh you look so beautiful tonight


In the city of blinding lights




Time... time Won't leave me as I am


But time won't take the boy out of this man













sexta-feira, março 18, 2011

Umidade Relativa

Ah se eu pudesse colocar
outras fotos "Intimas"

Hoje, para animar a sexta-feira ainda mais e, relembrar de um passado gostoso, e acrescente uma boa dose de gostoso nisso!, fiquei pensando sobre essa nova mania na tv paga de assistir novelas antigas que, por sinal, estão bem atuais. Não mais que do nada ELE surgiu na minha lembrança, e na Intima também (lembram daquela revista que se propunha a fazer ensaios sensuais bem explícitos?). Então ele, que foi um dos ícones da minha adolescência e juventude com altas doses de pensamentos libidinosos escondidos, que posou para essa tal revista, veio dar o ar da graça por aqui para aumentar a umidade relativa do ar com altas taxas de calor e tentação: Humberto Martins.

Fica a pergunta: Quem eram seus desejos libidinosos secretos da TV na juventude?
Minha lista ainda vai longe! Mas ficará para a próxima sexta-feira de alta umidade relativa.

Humberto Martins em 1994. Perdição! 

Humberto Martins 2011, 49 anos de Tentação! 

Humberto Martins em agosto de 2010... não preciso dizer nada. A bermuda é bem bonita não é?


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