Mostrando postagens com marcador gay. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador gay. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, junho 02, 2011

A Identidade do Desejo


Biologicamente o ser humano é nada mais que um animal cujas funções cognitivas o diferenciam das demais espécies. Sua natureza sofre constante influência do meio e do bombardeio químico hormonal que, acentuados na puberdade, despertam o crecimento corporal e a formação do desejo, da atração fisica e sexual. É o momento que se começa a adquirir maior consciência de sua natureza. Alguns meninos começam a perceber que gostam de meninos e sentem desejos além de suas compreensões ainda infantis. O mesmo acontece com diversos animais irracionais "selvagens" que tem o mesmo padrão comportamental e preferem ter relações sexuais com parceiros do mesmo sexo.

O humem, dotado de sua inteligência, criou códigos de conduta guiados por uma suposta racionalidade reprodutiva e pela maioria, esquecendo-se de que sua complexidade e de seus instintos, desejos e prazeres. A evolução da humanidade, guiada pela necessidade de compreender elementos e eventos inexplicáveis ao cotidiano, despertou os preceitos do mito e da fé, materializando então as religiões.

Mesmo guiado por regras, o ser humano jamais perdeu seu instinto natural. Quando um homossexual masculino depara-se com um espécime também masculino, não necessariamente homossexual, sua carga de hormônios geradora da libido, desperta reações e sensações típicas no corpo. A atração sexual, em princípio, é visual, guiada por ferômonios talvez, e depois completa-se com interagrações físicas e sociais. Quem nunca viu aquele homem e ficou excitado só de olhar?

O ser humano é visual por natureza e quando lhe é apresentado um padrão diferente do que a visão e o cérebro estão acostumados a encarar, e reagir, os conceitos e pre-conceitos já arraigados socialmente perde-se do rumo da tradicional evolução das percepções visuais. Todas nas imagens desta publicação, que podem ter despertado o interesse em alguns, nasceram mulheres. Hoje são transsexuais e vivem muito a frente de nossas capacidades cognitivas. São homens e mulheres que assumiram suas identidades sexuais plenas neste sentido e que, com a ajuda da ciência, conseguem hoje reverter o fisico para o seu verdadeiro Eu essencial.

A dinâmica da identidade sexual e de genero tem sutilezas tão profundas no ser humano que conhecê-las por completo é uma tarefa árdua e ainda incompleta. Para além das definições e padrões convencionais que a grande maioria dispõe como verdade, valeu a pena ter visitado a exposição "Corpos Pintados" na OCA, uns bons anos atrás, e descoberto, através do fotógrafo Loren Cameron, parte da delicadeza da personalidade humana liberta pela transformação e sua aceitação plena, contudo ainda muito pouco conhecida pelo público. Perverso é perceber no dia-a-dia que entre os homossexuais existem preconceitos próprios e arraigados em quem, por natureza, deveria entender a diversidade plenamente, mas é utopia, afinal, são também, seres humanos e carregam os mesmos defeitos de seu comportamento.

Marcelo [Ciello] Poloni

Para conhecer os rapazes acima: [Buck Angel] [Loren Cameron] [Jamison Green][Thomas Beatie] [Balian Buschbaum |Fotos]

terça-feira, março 29, 2011

Café da Manhã em Plutão



Você já sentiu a necessidade de encontrar um passado escondido? Já pensou que sua vida, que já seria complicada, pode ser ainda mais e, mesmo assim, você nunca desistirá de suas convicções, suas certezas e seu destino? Venha tomar um "Café da manhã em Plutão"....e descobrir um daqueles filmes que ultrapassam os limites do preconceito, do medo e da ousadia!

A questão principal do filme é, muito além da busca pela mãe, o encontro de sua história pessoal e a formação de um núcleo familiar próprio que, mesmo não sendo exatamente o comum "papai,mamãe e irmãos", surge com resgate do ser humano em se sentir como parte de um processo social já arraigado no dna de cada espécie.

Eu acredito na essência do que significa "família". É o núcleo primordial da sociedade e mesmo que esta não seja perfeita, ainda assim, se faz necessário para que possamos ter os primeiros passos e sair do "ninho", tal qual pássaros, e seguir seu caminho com suas próprias asas.

Eu não tive um núcleo familia tradicional. Não conheci a figura do "papai". Filho de mãe solteira, que trabalhava noutra cidade, tive a infância cercada pela figura do avô, da avó e da tia, que tornava-se, durante a semana, a figura materna presente. Hoje não tenho mais avós, minhas "mães", já aposentadas, ainda moram exatamente lá onde cresci no interior de São Paulo e eu sozinho aqui na capital. A ruptura aconteceu há 11 anos e serviu para que pudesse bater minhas asas e descobrir o mundo por minha conta e risco.

Os dilemas familiares sempre existiram e sempre existirão. O respeito que tenho pelo núcleo familiar, seja lá qual for sua estrutura, moderna ou tradicional, é grande. Quem nunca teve a sorte de ter "berço" e que possa, nos tempos modernos, ter condições, principalmente financeiras e afetivas, de iniciar um novo núcleo, possívelmente o fará, provendo a novos "pássaros" um futuro com melhor sorte que o seu passado.

Marcelo Poloni

quarta-feira, março 02, 2011

BABY LOVE!

Illustration du film Comme les autres
O assunto está em pauta. No imposto de renda podemos colocar nossos parceiros como dependentes. No banco onde trabalho também posso declarar meu parceiro do mesmo sexo como dependente aos benefícios de uma união, como o plano odontológico e de saúde. Jean Willys dá um banho na câmara dos deputados nos questionamentos feitos ao pagamento de impostos por esta parte da sociedade e seus direitos.

Abro hoje a revista mensal de circulação interna do banco e uma das matérias é sobre o "Pink Money", com dados e estatísticas plausíveis, informando sobre um futuro cartão de crédito destinado ao público GLBT que no Brasil representa hoje 18 milhões de brasileiros com potencial de consumo estimado em R$ 150 bilhões anuais e que geralmente costuma consumir 30% a mais que casais heterosexuais.

Cada vez mais amplia-se a divulgação de nossa "existência" enquanto sociedade e de que nós, como pagadores de impostos, também merecemos os mesmos direitos e devemos ter também os mesmos deveres. A saída do "armário" de gerações mais velhas em amplos setores da sociedade também contribui para que a nossa presença no mundo não seja encarada pelos xiitas homofóbicos ou religiosos de plantão como uma disfunção dos "tempos modernos". Não é.

Em outras crônicas passadas já tinha mostrado, graças a divulgação do Edu Pamp Supimpástico (beijo e boa viagem!), o trailer do documentário Gent Silent (emoção rola solta!) e agora mais uma reportagem sobre o casal Belga mora no sul da França e que quis ter um filho gerado numa barriga de aluguel (Rick Martin fez história) constituindo assim mais um núcleo familiar baseado em companheismo, afeto e amor.
Detalhes aqui: http://muquedepeao.blogspot.com/2011/03/laurent-ghilain-e-peter-meurrens-sao.html Diretamente do blog do Luciano.

(O casal Laurent Ghilain e Peter Meurrens, de nacionalidade belga e que moram no sul da França)

Sendo assim, questiono: Somos seres, ainda humanos. Nossa criação é toda baseada na perpetuação da espécie. Você pensa em constituir uma familia, ter filhos e ter um futuro como nossos pais (ou boa parte deles), baseado em respeito, consideração, companheirismo e afetuosidade? ou será que sua vida vai se resumir a um ciclo sem fim de "trepar, comer e rezar" para nao acabar sozinho num asilo ou como aqueles senhores amargos pela solidão?

Estou com a primeira opção pelo meu histórico familiar e carater agregador. E você?

Se você quer ver alguns filmes sobre o assunto recomendo Baby Love (Comme les autres). Se tiverem alguns filmes para recomendar, a hora é agora! nos comentários!

Beijos sempre.

Marcelo Poloni

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Todos Iguais

A liberdade é um bem maior que devemos preservar a todo custo mas devemos estar atentos aos limites que devemos ter para com nosso semelhante, afinal, somos todos seres e humanos, ainda. Minha liberdade, e inclui-se neste conceito os meus "limites", está intimamente ligada a liberdade, e limites, do meu semelhante. Pouco me importa se meu vizinho não aceita o fato de que sou homossexual. Sua liberdade está diretamente ligada no meu exercício pleno de igual liberdade, onde deve existir sociabilidade, respeito e convivência pacifica. E funciona.

Você se importa com um casal gay em beijos e amassos calorosos no metrô? Eu me importo, e em igual intensidade com um casal hetero em igual condição. Acho que existem limites de respeito, e bom senso, para nossas atitudes, o que não interfere com a liberdade de cada um. Da mesma forma que me incomodam atitudes desta natureza, repudio toda e qualquer violência que ambos os casos citados possam sofrer. Está na hora de acordarmos para uma realidade onde somos TODOS parte de uma esfera de convivência em liberdades individuais, desde que a minha liberdade não interfira na sua e vice-versa.

Posso estar totalmente equivocado ou em partes mas é um ponto de vista que está aberto a mudanças, pois idéias novas e referências de vida diversas são sempre bem vindas!

Marcelo Poloni, Ciello

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

GEN SILENT


GEN Silent Trailer 2.0 from Stu Maddux on Vimeo.

Vi outro dia no Blog do Edu e não pude deixar de postar também. É minha obrigação óbvia replicar aqui e ampliar a divulgação. Não vi o documentário mas espero assistir em breve. O trailer indica algo forte, intenso, cheio de sentimento e verdade. Algo que precisa ser visto, revisto e ampliado.

Nós desfrutamos hoje de liberdades que sequer foram imaginadas, mas secretamente construídas por todos eles, e pelos que já se foram, que nunca deixaram de expressar com dignidade, respeito e cumplicidade, a arte do carinho e do amor.

A todos eles meu RESPEITO e minha PROFUNDA ADMIRAÇÃO! OBRIGADO.

Sou o que sou e posso ser o que quiser graças a muitos que não puderam exercer sua alegria completa de viver sem sombras, mas que sobreviveram para nos dar força e coragem.

Que eu possa chegar a essa dignidade de ser, humano, compartilhar e sentir que existe um outro alguém que me veja com igual intensidade e, para sempre, ser, parceiro.

Marcelo Poloni

veja mais em http://stumaddux.com/GEN_SILENT.html

PS: DZi CROQUETES: NEM HOMEM, NEM MULHER: GENTE!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...