Hoje travou-se um dilema muito interessante entre o coletivo e o individual. O quanto vale você bradar aos quatro cantos a sua revolta, baseada em uma questão privada, particular, apoiada por hipóteses coletivas não concretas ou embasada em fatos?
Foi-se o tempo que existiam a solidariedade e o compromisso com um bem maior e com a coletividade. Vive-se atualmente do individualismo e da mentalidade limitada em pensamento, na exata distância que vai de uma orelha a outra. As opiniões próprias sempre serão mais importantes e corretas e jamais podem ser questionadas pois, cercado de uma carcaça de interesses próprios, transforma-se em verdades universais. Universais?
Todos os argumentos, por mais nobres e corretos que sejam, estão subjugados a mesquinharia do individualismo onde o MEU é mais importante que o SEU e se esquece completamente que existe a necessidade de um bom relacionamento com o NOSSO ou o DELES. Assim o convívio na sociedade moderna caminha para o colapso das relações de amizade pois o universo ao redor de cada um se estreita cada vez mais.
A crítica deveria ser usada como forma de reflexão mas toda a idéia contrária a necessidade imediata de cada um deixa de ter valor, por mais correta, concreta e consistente que venha a ser. Acredito que ainda possam existir valores que se sobreponham ao individualismo latente na sociedade atual e não deixem cegos aqueles que ficam a sobra de sua própria ignorância.
Para ilustrar o quadro, como de costume, uma citação: "O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: - Senhoras e senhores, eu sou um canalha." Nelson Rodrigues.
Acredito ainda que existam outros tantos que, assim como eu, saibam ou procurem conviver e viver não exclusivamente para seus umbigos, observando além de suas próprias limitações e não se limitando a elas.
O mundo e a sociedade está precisando de uma dose cavalar de sensibilidade. Uma legião de "Amelies" poderiam sair da fantasia cinematográfica para trazer a tona um pouco mais de compreensão aos nossos corações.
Marcelo Poloni
ps. também não estou imúne a lapsos de individualidade ou erros e, por isso mesmo, me critiquem quando for necessário! Desta forma poderei ampliar minha consciência, idéias e aprendizado, corrigindo distorções e atitudes impulsivas.
"Experiência não é o que acontece com um homem; é o que um homem faz com o que lhe acontece." Huxley
Para ilustrar o quadro, como de costume, uma citação: "O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: - Senhoras e senhores, eu sou um canalha." Nelson Rodrigues.
Acredito ainda que existam outros tantos que, assim como eu, saibam ou procurem conviver e viver não exclusivamente para seus umbigos, observando além de suas próprias limitações e não se limitando a elas.
O mundo e a sociedade está precisando de uma dose cavalar de sensibilidade. Uma legião de "Amelies" poderiam sair da fantasia cinematográfica para trazer a tona um pouco mais de compreensão aos nossos corações.
Marcelo Poloni
ps. também não estou imúne a lapsos de individualidade ou erros e, por isso mesmo, me critiquem quando for necessário! Desta forma poderei ampliar minha consciência, idéias e aprendizado, corrigindo distorções e atitudes impulsivas.
"Experiência não é o que acontece com um homem; é o que um homem faz com o que lhe acontece." Huxley