terça-feira, janeiro 25, 2011

O místico caminho das estrelas



São parte do cotidiano. Sagrados ou profanos. Símbolos. Marcas que identificam, que promovem sentimentos próprios de determinadas culturas, conceitos, doutrinas que, independente de seus erros ou acertors, convivem diariamente dentro e fora de nossa existência. Com o tempo absorvemos o mundo a nossa volta. Compactuamos com o paradoxo e somos únicos por isso. Originalidade. Criamos sempre mais.

Não acredito que nada seja 100%. A perfeição é um atributo desprovido de sinceridade e me causa uma certa desconfiança e, sendo assim, não é absoluta em verdade. Não sou 100%, como ninguém de fato é. Existimos para vencer nossos medos e projetar nossas ousadias em prol de uma congruência de caminhos. Podemos estar muito próximos daquilo que pode nos fazer bem e, muitas vezes, não entendemos, olhamos para o passado ou flertamos com o efêmero. Qualidades e defeitos sempre existirão pois cada um tem um ponto de vista e uma visão diferenciada de seu ideal. Enxergar a essência e fazer disso a força para ir além, é uma capacidade única de observação, respeito próprio e pelo semelhante.

Se o futuro projeta-se na vontade, é no "hoje" que devemos edificá-lo. Se soubermos lidar com o que recebemos pela vida, seja lá por qual meio for, de forma inesperada e conquistada por detalhes, sementes para flores em uma primavera futura, gradualmente firmaremos um laço único e forte, apoiado em respeito, compreensão e carinho mútuos, que jamais serão efêmeros lampejos de um desejo ocasional. Serão constantes. Vale a pena? Sou otimista. Sim sou um sonhador, mas não sou o único, como já disse um poeta em versos.

ankh - símbolo da vida

Decifrar o místico caminho das estrelas, encontrar os diamantes do céu, lapidá-los e obter seu brilho valioso não é uma tarefa simples. Seja na cidade da garôa, ou no calor do deserto, enfrentar o enigma e entendendo-o como a ti mesmo, um reflexo. São seus olhos de caleidoscópio em busca de um novo movimento para revelar suas verdadeiras cores.

Marcelo Poloni


No ponto exato onde nasce o sol
Um olhar distante contempla o além
Sorriso enigmático
Imperturbável desdém...
Guardiã eterna do segredo milenar
Quando o Saara Atlante ainda era mar
Tão tranquila e impassível
Quanto inacessível...
Esfinge
Finge que não vê
Decifra quem te devora
Hieroglifa o saber
Só no domínio de si próprio
É que o humano sobrepõe-se ao animal
Com a força do leão
A inteligência do homem
A serenidade dos deuses
Esfinge
Finge que não vê
Decifra quem te devora
Hieroglifa o saber

Esfinge - Rita Lee e Roberto de Carvalho
Comentários
0 Comentários

0 SAUDADES! Deixe a sua aqui também...:

Postar um comentário

Criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade. Entender é uma criação, meu único modo. Clarice Lispector.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...